O comércio brasileiro teve queda
de 20,1% nos 30 dias do efeito do isolamento imposto para combater a disseminação
da Covid-19, segundo os cálculos da Boa Vista para o Indicador de Movimento do
Comércio para o período em questão e divulgados nesta quinta-feira (30).

Os dados mostram que o movimento
do comércio cedeu no primeiro mês das restrições (17 de março até o dia 15 de
abril), na comparação aos 30 dias anteriores (16 de fevereiro a 16 de março).

O último levantamento mensal do
indicador, que acompanha o desempenho das vendas no varejo em todo o Brasil, já
havia apontado queda de 5,1% em março na variação contra o mês de fevereiro,
feitos os ajustes sazonais.

Os dados refletem os efeitos das
medidas de isolamento social e restrições impostas ao comércio com a chegada da
pandemia do novo coronavírus e indicam uma desaceleração do setor nos próximos
meses. O resultado está em linha com as expectativas de mercado que já sugerem
queda de 3,3% na atividade econômica em 2020.

Segmentos

O setor de “Móveis e
Eletrodomésticos”, mais afetado pelas restrições, apresentou queda de 56,2%
após já ter recuado 13,5% em março, descontados os efeitos sazonais. O segmento
de “Supermercados, Alimentos e Bebidas” foi o único que evitou perdas mais
significantes, caindo apenas 0,5% no levantamento parcial.

“Tecidos, Vestuários e Calçados”
recuou 7,8% no período, após também ter apresentado retração no último
levantamento divulgado (-1,1%). E, “Combustíveis e Lubrificantes” apresentou
retração de 9,9% no período de quarentena. No levantamento de março o indicador
já havia recuado 6,7%. (Com informações da assessoria e imprensa).