Luiz Felipe Mendes

Nesta semana, o Vila publicou em seu site oficial o balanço financeiro de 2019. Depois de conseguir
um dinheiro extra com o desempenho durante a Copa do Brasil, os pífios
resultados na Série B do Campeonato Brasileiro, culminando no rebaixamento para
a Série C, fizeram com que houvesse um déficit nas contas de R$ 4,99 milhões,
superando a temporada anterior, quando foi divulgado um déficit de R$ 4,876
milhões.

A situação recente nos cofres
colorados já vinha sendo falada pela diretoria há alguns meses. A meta para
2020 era enxugar os gastos, faturar uma boa receita e, principalmente, retornar
à segunda divisão do Brasileirão para começar a equilibrar tudo. Em 2019, as
coisas não foram como o esperado. O Tigre fez uma boa campanha no Campeonato
Goiano, chegando até as semifinais e sendo eliminado no detalhe pelo Atlético,
em confrontos apertados. Na Copa do Brasil, a equipe chegou até a quarta fase e
só não alcançou as oitavas pois foi despachado pelo Juventude. Na Série B, porém,
teve um início irregular e só foi decaindo, terminando na lanterna do torneio.

Todo esse panorama fez com que
acontecesse uma queda de patrimônio líquido. Em 2018, ele era de R$ 26,687
milhões, e em 2019 foi de R$ 17,387 milhões. Para piorar, as dívidas judiciais
chegaram a R$ 703.710,86, contra R$ 117.619,56 no ano anterior. Além disso, a
despesa com folha de pagamento aumentou de R$ 9.074.682,77 para R$
11.728.859,00. Para completar, o Vila Nova perdeu receita e passou de R$ 6,1
milhões para R$ 2 milhões de 2018 para 2019.

A pandemia do novo coronavírus faz com que o momento vivido pelo
alvirrubro na questão financeira seja ainda mais complicado. Sem arrecadações
em partidas, investimentos e patrocínios, o Vila vai precisar se organizar para
estabilizar as contas da melhor maneira possível. Se o futebol retornar ainda
nesta temporada, uma vaga na Série B de 2021 seria um primeiro passo essencial
para alcançar esse objetivo.