O Hoje, O Melhor Conteúdo Online e Impresso, Notícias, Goiânia, Goiás Brasil e do Mundo - Skip to main content

segunda-feira, 25 de novembro de 2024
Luta Diária

Moacir reforça a luta contra o racismo e pede mais posicionamento de atletas

Moacir se mostrou contra a violência gerada em alguns protestos, mas elogiou a causa e pediu mais apoio de jogadores – Foto: Assessoria/Atlético

Postado em 12 de junho de 2020 por Raphael Bezerra
Moacir reforça a luta contra o racismo e pede mais posicionamento de atletas
Moacir se mostrou contra a violência gerada em alguns protestos

Felipe André

A luta contra o racismo tem sido alvo de protestos ao redor
de todo o mundo, mesmo durante a pandemia do Covid-19, o novo coronavírus. O
assassinato do norte-americano George Floyd por um policial branco em
Minneapolis-EUA, causou revolta que levou milhares de pessoas as ruas. No
Brasil diversas personalidades se posicionaram, entre eles o volante do
Atlético Goianiense, Moacir.

O jogador tratou de ressaltar a luta diária que passou e
ainda passa. O atleta que foi um dos destaques dentro de campo na campanha pelo
acesso na última temporada, destacou que a morte de George Floyd foi filmada,
mas questionou sobre os diversos casos que acontecem sem o mesmo destaque e de
maneira escondida.

“Dentro de campo nunca sofri (com racismo). Sofri no dia a
dia, quando criança, adolescente, adulto e até hoje vagamente acontece algumas
situações. Teríamos que ter uma janela para falar sobre isso várias horas e
mesmo assim não daria tempo. É muito fácil falar sobre o racismo só no dia 20
de novembro, na Consciência Negra. Gosto quando sou abordado para falar. Ainda
estamos em junho e devido a morte de um cidadão negro norte-americano o mundo
se rebelou. Isso é só para acordar o mundo, isso acontece todos os dias, mas é
claro, escondido, embutido em várias vielas, favelas e periferias”, destacou
Moacir.

Jogadores foram cobrados nas redes sociais para se
posicionarem na luta contra o racismo. O volante Moacir concordou que mais
atletas deveriam ter empatia e ajudar na luta e que não esperassem apenas
quando uma tragédia aconteça.

“Tem muitos jogadores que poderiam (falar mais).
Recentemente eu vi o Tchê Tchê (meia do São Paulo) bem ativo em meio a
protestos, nas redes sociais, ele juntamente com o Zé Roberto. Parte muito só
de jogadores negros, para a gente fica fácil, nos defender e defender a nossa
raça, isso é fácil para nós. Mas tem outros jogadores que mesmo negros ou
brancos, que eu acho que deveria ter mais empatia, só ter dó quando acontece o
ato, fica muito ‘fácil’. Eu falo muito em ter essa luta, essa briga o ano todo
e não esperar acontecer casos, como já foi do João (Pedro), do (George) Floyd,
Amarildo, dentre outros. Todos os anos esperamos um caso assustador para ter
reuniões, protestos”, lamentou Moacir.

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos canais de comunicação do O Hoje para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.
Veja também