Thiago Caixeta fala sobre protocolos contra o coronavírus no Vila Nova
O médico ainda não acredita ser possível retornar com campeonatos a nível nacional por pelo menos dois meses – Foto: Comunicação Vila Nova
Luiz Felipe Mendes
Desde o reinício dos
treinamentos, o Atlético Goianiense e o Goiás vêm realizando entrevistas
coletivas, com os jornalistas participando à distância por plataformas de
conferência. No primeiro dia de retorno, o Vila Nova seguiu o exemplo e colocou
à disposição o Doutor Thiago Caixeta, chefe do departamento médico, para
responder perguntas a respeito do protocolo contra o novo coronavírus dentro da
agremiação.
A primeira coisa que o médico
tratou foi sobre os exames realizados na manhã desta terça-feira (16), antes mesmo de eles
acontecerem. “Todos os jogadores que retornarem vão fazer os testes, todos os
componentes da comissão técnica e alguns funcionários que estão presentes no
dia-a-dia do clube. Além do treinador, preparador, fisioterapeuta, médico,
roupeiro, alguns funcionários que circulam mais junto com a gente vão fazer
também os testes, lembrando que a gente está testando conforme o protocolo
estabelecido por nós, as recomendações que tivemos da CBF e que outros clubes
vêm fazendo, os que voltaram antes da gente”, comentou Thiago.
O líder do DM colorado também
falou sobre as imediações do Onésio Brasileiro Alvarenga, o OBA, e em como será
a rotina nos próximos dias. “Nas dependências do clube, todos vão usar
máscaras, chegar com máscaras, vão ser orientados a não pegar carona, não andar
no mesmo carro para evitar aglomeração. No campo, a gente vai fazer treino
físico sem contato por enquanto”, esclareceu.
Perguntado sobre quando será
possível a retomada de uma aparente normalidade, Thiago Caixeta demonstrou
incerteza. “Isso vai depender da evolução da epidemiologia da doença no nosso
meio, na nossa cidade. Então a gente não pode programar logo de cara que daqui
a duas semanas vai estar tudo bem, que vamos conseguir juntar os grupos. Na
verdade, em um cenário ideal, em um controle da pandemia, a gente poderia
realmente fazer isso. E foi uma ideia inicial, quando começou a se discutir
esses protocolos na CBF para poder juntar os grupos depois. Primeiramente em
pequenos grupos, que já treinavam juntos, e depois grupos maiores, mas isso vai
depender da transmissão de casos que a gente tiver na nossa cidade, da
autorização dos órgãos sanitários regionais, a princípio, porque isso vai ser
muito mais regionalizado do que em um espectro maior. A princípio, vamos testar
a cada 15 dias mesmo”, completou.
Por fim, ele deu sua opinião sobre a volta dos campeonatos. “Em relação
ao cenário para volta, na minha opinião, para campeonatos nacionais estamos em
uma fase muito atrasada para pensar em algum tipo de retorno agora. Não tem
como pensarmos no retorno de um campeonato nacional, na minha opinião, nos
próximos dois meses porque a gente tem uma curva ascendente no Brasil, um país
de dimensões continentais. A CBF já sinalizou que não vai liberar a Série A se
não liberar a Série B, a Série C, a Série D. A gente tem 128 clubes envolvidos
no futebol masculino, mais 52 no feminino, então a logística para isso em nível
nacional é muito difícil, e cada região hoje apresenta um cenário diferente,
epidemiologicamente falando”, encerrou.