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sábado, 19 de outubro de 2024
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assédio

Janja posta foto com Anielle Franco após denúncias de assédio contra Silvio Almeida

Janja aparece beijando a testa de Anielle, uma das vítimas de Silvio Almeida

Postado em 6 de setembro de 2024 por Yasmin Farias
Janja beijando a testa de Anielle Franco. Foto: Reprodução/Redes sociais.

A primeira-dama Rosângela da Silva, também conhecida como Janja, publicou uma foto em seus stories abraçando Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, na quinta-feira (5). Na foto, Janja aparece beijando a testa de Anielle, uma das vítimas de Silvio Almeida, que foi denunciado por cometer assédio sexual através da organização Me Too Brasil.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentaram dificuldades em obter apoio institucional para a validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, disse o comunicado da organização Me Too Brasil. “A denúncia é o primeiro passo para responsabilizar judicialmente um agressor, demonstrando que ninguém está acima da lei, independentemente de sua posição social, econômica ou política”, completa.

Segundo o canal de notícias “CNN“, pelo menos quatro casos de assédio chegaram ao Me Too, além de dez denúncias de assédio moral. O ministro Silvio Almeida de Direitos Humanos e Cidadania, disse em nota que “repudia com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra”. Ele ainda afirmou que as denúncias são para o prejudicar e “bloquear seu futuro”.

Os aliados do ministro se manifestaram, dizendo que Almeida é vítima de perseguição desde o início da gestão. “Sou homem preto e não vou abrir mão de ser ministro. Vou administrar o ministério e ser gestor igual a qualquer homem branco”, disse o ministro durante um evento público.

O governo considera a situação grave e chamou o ministro para prestar esclarecimentos. O ministro da Controladoria-Geral da União, Vinicius Carvalho, e o advogado-geral da União, Jorge Messias, ouviram Silvio Almeida. Agora, o caso segue sendo investigado e o Planalto avalia uma possível demissão ou o afastamento temporário até que o termino da apuração.

Leia a nota do ministro Silvio Almeida:

Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim. Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país.

Toda e qualquer denúncia deve ter materialidade. Entretanto, o que percebo são ilações absurdas com o único intuito de me prejudicar, apagar nossas lutas e histórias, e bloquear o nosso futuro.

Confesso que é muito triste viver tudo isso, dói na alma. Mais uma vez, há um grupo querendo apagar e diminuir as nossas existências, imputando a mim condutas que eles praticam. Com isso, perde o Brasil, perde a pauta de direitos humanos, perde a igualdade racial e perde o povo brasileiro.

Toda e qualquer denúncia deve ser investigada com todo o rigor da Lei, mas para tanto é preciso que os fatos sejam expostos para serem apurados e processados. E não apenas baseados em mentiras, sem provas. Encaminharei ofícios para Controladoria-Geral da União, ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e Procuradoria-Geral da República para que façam uma apuração cuidadosa do caso.

As falsas acusações, conforme definido no artigo 339 do Código Penal, configuram “denunciação caluniosa”. Tais difamações não encontrarão par com a realidade. De acordo com movimentos recentes, fica evidente que há uma campanha para afetar a minha imagem enquanto homem negro em posição de destaque no Poder Público, mas estas não terão sucesso. Isso comprova o caráter baixo e vil de setores sociais comprometidos com o atraso, a mentira e a tentativa de silenciar a voz do povo brasileiro, independentemente de visões partidárias.

Quaisquer distorções da realidade serão descobertas e receberão a devida responsabilização. Sempre lutarei pela verdadeira emancipação da mulher, e vou continuar lutando pelo futuro delas. Falsos defensores do povo querem tirar aquele que o representa. Estão tentando apagar a minha história com o meu sacrifício.

(Informações de Gustavo Zanfer, Caio Junquiera, Douglas Porto, Leonardo Ribbeiro e Pedro Teixeira, da CNN)

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