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quarta-feira, 11 de dezembro de 2024
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Suspensão das atividades

Greve dos eletricistas pode afetar prestação de serviços de energia

A principal reivindicação da categoria que presta serviços terceirizados para Equatorial é o reajuste de 35% no salário

Postado em 6 de setembro de 2024 por Thais Teixeira
Foto reprodução | O HOJE

Os eletricistas do estado de Goiás, que em sua maioria são terceirizados e prestam serviço para a atual concessionária de energia do Estado, a Equatorial Goiás, anunciaram novamente a suspensão das atividades. A paralisação se deu por impasse nos valores de reajuste entre o Sindtelgo, que é o sindicato laboral, e o Sindienergias, que é o sindicato patronal, e ambos garantem os direitos trabalhistas previstos em contratos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

As negociações tiveram início no mês de maio, com o Procedimento de Mediação (PA-MED) instaurado no Ministério Público do Trabalho da 18ª Regiao, a partir de um requerimento do Sindtelgo, onde alguns pontos foram solucionados, foi convocado pelo sindicato laboral uma greve ilegal no dia 30 de agosto, haja vista a impossibilidade de o patronal conceder reajuste salarial, que no transcorrer da mediação saltou de 3,69% (índice do IPCA) , para 35% (trinta e cinco por cento) e aumento do vale alimentação  de R$ 32,00 para R$ 50,00. 

Segundo apurado pelo Jornal O HOJE, uma paralisação pode resultar em atrasos nos atendimentos de emergências e na execução de serviços de manutenção de redes elétricas, deixando áreas sem eletricidade por mais tempo. “A falta de pessoal qualificado disponível para atender a emergências pode comprometer a segurança tanto da população quanto dos profissionais que ainda estejam atuando”, argumenta Milene Menezes, gestora jurídica da empresa Elcop Engenharia.

A greve inicial pode fazer com que manutenções preventivas sejam adiadas, aumentando o risco de falhas e sobrecargas na rede elétrica. Milene explica que os consumidores podem sofrer com quedas de energia prolongadas e uma resposta mais lenta da empresa responsável, no caso a Equatorial Goiás, podendo prejudicar a imagem da companhia de energia elétrica. “Nossa paralisação também afeta nos reparos e manutenção da rede elétrica de empresas e indústrias que dependem de energia contínua para operar”, complementa. 

Outro impacto importante é o aumento dos custos operacionais, podendo a atual concessionária de energia, inclusive, ter a necessidade de contratar serviços de terceiros, “Com parte da categoria parada, a Equatorial pode ser obrigada a contratar serviços de terceiros, o que pode aumentar os custos operacionais e, potencialmente, reduzir a eficiência”, finaliza a gestora jurídica da Elcop. 

As principais reivindicações são o reajuste de 35% no salário base da categoria e + 50,00 no Vale Alimentação. Até o momento foram atendidas as reivindicações de: pernoite quando viagem programada; além da limitação de até 30% de eletricistas A para garantir a contratação de Eletricistas B, tendo sempre em campo um Eletricista A e B. 

O tempo previsto de duração da greve não foi informado no Comunicado do Sindtelgo. Mas a garantia deferida em audiência pelo Desembargador Eugênio é de 50% das atividades. As principais empresas que a greve deve atingir são a Pse, Dynamo, Elcop e Control. Essa paralisação ainda deve atingir os eletricistas e trabalhadores desta categoria em todo o Estado. 

Procurada por esta reportagem, a Equatorial Goiás informou por meio de nota que acompanha as negociações entre empresas parceiras e seus colaboradores para que as tratativas avancem e as partes envolvidas cheguem a um acordo. A concessionária reforçou que as negociações não se referem ao seu quadro de colaboradores próprios e que o acordo coletivo desta categoria foi firmado com o sindicato em maio deste ano. 

Por fim, a Equatorial Goiás reitera a garantia do quantitativo de colaboradores necessários visando a manutenção da operação, sob pena de comprometimento da prestação de serviço à população e do trabalho de recuperação da rede de distribuição que está em andamento em todo o estado.

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