Câmara de Vereadores aprova pedido para cassar prefeito de Hidrolândia
O motivo seria falta de esclarecimentos para negar reajuste de salários de servidores, somada a insatisfação da base de Paulinho na Casa – Foto: Reprodução.
Nielton Soares
O pedido para cassar o mandato do prefeito Paulo Sérgio de Resende (PSDB), conhecido como Paulinho, foi aprovado, na segunda-feira (1º), pela Câmara de Vereadores de Hidrolândia, na Região Metropolitana de Goiânia.
Diante disso, o prefeito terá 10 dias para manifestar a defesa aos parlamentares. Depois desse prazo, o afastamento poderá ser votado, sendo necessário 2/3 dos vereadores para a aprovação.
O pedido de afastamento foi proposto pelo vereador Fabrício Cruvinel (Progressistas), ao entrar na pauta de votação, recebeu apenas um voto contrário, o do vereador Rogério Machado (PP).
A alegação para o pedido teria sido o descumprimento do Decreto-Lei 201/67, que caracteriza como infrações político-administrativas dos gestores ao não atendimento de pedidos de informações solicitados por Câmaras Municipais.
Segundo Cruvinel, o prefeito teria negado reajuste de salários dos servidores, que deveria ter ocorrido em janeiro de 2020, para usar recursos nas medidas de contenção da pandemia de Covid-19. Com isso, o vereador solicitou, via oficio, que fossem apresentados os gastos de três meses anteriores à pandemia para comparação.
A solicitação teria sido encaminhada à Prefeitura pelo presidente da Câmara, Welington Leandro de Souza (Solidariedade), no dia 8 de maio, com previsão em lei de 15 dias úteis para resposta à demanda do Legislativo. Porém, não houve esclarecimentos.
A cassação definitiva do mandato ainda é incerta. Por outro lado, a aprovação do pedido está diretamente relacionada à insatisfação da base de apoio do prefeito na Câmara.