Renato Kayzer busca melhorar assistindo os próprios jogos e fala sobre a ansiedade que sofria
Atacante, artilheiro da equipe em 2020, revelou que está controlando a ansiedade e admite que analisou as partidas deste ano – Foto: Paulo Marcos/ACG
Felipe André
Artilheiro da temporada do Atlético Goianiense, com sete
gols marcados em 10 partidas, o atacante Renato Kayzer teve uma preparação
especial durante a quarentena. O jogador entretanto não focou especificamente
na parte física, apesar de realizar os trabalhos passados pela comissão técnica
do clube, mas fez um trabalho de observação e análise tática dele mesmo.
Das 10 partidas em que atuou, Kayzer balançou as redes em
seis jogos e somente em quatro não marcou. O atacante decidiu analisar os
acertos e os erros, para tentar melhorar quando o Campeonato Goiano ou a Copa
do Brasil for retomada, ou até mesmo o Brasileirão Série A iniciado.
“Esse tempo que fiquei parado, eu assisti os nossos jogos,
vi onde eu tinha que melhorar, estudei bastante e agora já estamos trabalhando
tecnicamente, já trabalhei finalização. Busco acertar a pontaria novamente,
fico muito feliz pela fase que eu estava vivendo no início da temporada, espero
que volte melhor ainda para ajudar o Dragão”, revelou o atacante Renato Kayzer.
O jogador foi contratado para atuar como um ponta, assim
como desempenhou na temporada de 2018, quando marcou sete gols em 33 jogos,
sendo um deles o primeiro após a reforma do estádio Antonio Accioly. Com a saída
de Zé Roberto, centroavante titular na estreia do Campeonato Goiano, contra o
Grêmio Anápolis, Kayzer assumiu a posição e iniciou o melhor começo de
temporada da carreira.
“Na base eu sempre joguei de 9 (centroavante). Quando eu
comecei a subir para o profissional que começaram a me colocar na beirada,
pelas características de ter um pouco mais de velocidade, do jogo apoiado e me
adaptei. Em 2018, aqui no Atlético, joguei como ponta, mas fiz algumas partidas
centralizado, que é onde eu me sinto melhor. Nesse ano quando a gente havia se
apresentado na pré-temporada, eu conversei com o Jorge Sotter (preparador
físico) e falei que queria atuar como 9, ali eu abracei a causa e fui feliz”, ressaltou
Kayzer.
O jogador revelou em março deste ano que estava sofrendo com
crises de ansiedade desde 2019. Sem a bola rolar, o atleta precisou de um
esforço ainda maior para “colocar a cabeça no lugar” e aproveitou para lamentar
a paralisação que ocorreu em um bom momento da equipe rubro-negra no ano.
“O time como um todo estava em uma boa fase, não apenas eu. Estávamos
fazendo um grande trabalho e ter que parar assim rapidamente, do nada, teve um
baque. Precisei colocar a cabeça no lugar, para refletir e controlar a
ansiedade. Agora voltamos aos treinamentos, fisicamente já estamos um pouco
acima do que quando voltamos e tecnicamente estamos buscando o melhor para
voltar bem nos jogos”, destacou Renato Kayzer.