Túlio revela procura para a realização de amistosos: “Só o primeiro contato”
Dirigente voltou a afirmar que o Goiás não pretende fazer contratações em época de pandemia: “Acho até um desrespeito” – Foto: Rosiron Rodrigues / Goiás EC
Victor Pimenta
Com o novo decreto imposto pelo
governo e a prefeitura de Goiânia fazendo o mesmo, o quadrangular que estava
para acontecer no meio de julho caiu por terra. Os jogos amistosos entre as
equipes da capital seriam realizados como uma forma de preparação visando a
disputa dos campeonatos nacionais seria organizado pela própria Federação
Goiana de Futebol e agora foi cancelado.
O que foi cogitado recentemente,
até pelo presidente do Goiânia, Alexandre Godói, seria os próprios clubes se
juntarem e organizarem o torneio por conta própria. Apesar disso tudo, o
diretor de futebol Túlio Lustosa também falou de outros convites solicitando a
presença do Goiás, mas diante de tudo que vem acontecendo, ainda assim, teria
que ser comunicado com a FGF para a disputa dos amistosos.
“Entraram em contato com a gente,
formalmente. Não os outros clubes, mas um agente do futebol, agente de atletas
mas que promove alguns eventos também relacionados ao esporte e nos procurou
perguntando se o Goiás toparia. Essa é uma decisão que temos que ser
respaldados pela federação que tem que estar de acordo para que seus filiados
também participem mesmo não sendo a organização da FGF e eu acho que os clubes
filiados devem uma satisfação à Federação e a partir do momento em que ela não
se opor, aí sim podemos continuar nesse processo de organização, mas por enquanto
foi só o primeiro contato e não tive mais nenhum outro contato a respeito
disso”, afirmou o dirigente.
Foi discutido também com o
retorno do futebol, quando deve se iniciar o Campeonato Brasileiro da Série A.
Um dos temas debatidos é a mudança de local. Por conta de em alguns estados e
até mesmos municípios serem contra a volta das atividades físicas, clubes
seriam prejudicados e impedidos de realizar as partidas em seus estádios, assim
migrando seus jogos para onde o decreto do lockdown não tenha acontecido. Dos
vinte representantes, apenas o do Athletico Paranaense foi contra essa atitude.
O dirigente esmeraldino torce para que até lá tenha ‘quase tudo normalizado’
para que posso jogar em seu estádio, senão terá que encontrar outro local.
“Na reunião que os clubes tiveram
com o presidente da CBF, dezenove clubes da Série A concordaram em que se no
momento de início do campeonato houvesse lockdown em suas cidades, dezenove dos
vinte concordaram em ir para outra praça. O Goiás está entre esses dezenove
clubes, nós concordamos com isso, então, ainda é uma preocupação para frente,
se realmente tiver um lockdown aqui em Goiânia até lá, temos que procurar outra
praça sim e eu encaro com naturalidade. A gente faz qualquer esforço para que o
campeonato brasileiro se realize. Não é o ideal, gostaríamos muito de poder
estar jogando no nosso estádio, com nossa torcida, mas isso é inviável. Só
mesmo a Federação Carioca para pensar em torcida nesse momento e o restante das
federações ninguém cogita a possibilidade de torcida e nós aqui também não.
Gostaríamos de poder jogar dentro do nosso estádio mesmo sem o torcedor, mas só
de ter o conforto da nossa casa e nossa cidade”, ressaltou Túlio Lustosa.
Com a saída de Léo Sena, muitos
se especulam sobre a possível chegada de um reforço para substituir a ausência
do volante. O dirigente assim que perguntado, logo reiterou o que fala há algum
tempo e que o Goiás não deve investir em contratações, visto que o momento não
está sendo fácil e a grana será destinada para o pagamento de salários nessa
pandemia. Túlio Lustosa que foi revelado anos atrás no próprio clube jogando de
volante, afirmou que o clube tem excelentes jogadores na posição para suprir a
saída do agora ex-jogador.
“Nós não vamos fazer contratações. Eu acho até
um desrespeito querer cogitar uma contratação nesse momento. A gente não
esconde de ninguém que a dificuldade financeira é grande para todo mundo e para
o Goiás não é diferente. O Goiás negociou o Léo Sena e parece que entrou nos
cofres do clube um absurdo de dinheiro e não é bem assim. O dinheiro que entrou
do Léo, está todo comprometido com a folha de pagamento e no momento que a
gente negocia com os atletas a redução salarial e falar em contratação seria
uma incoerência, um desrespeito com nossos atletas e além de tudo, acho que nós
temos sim peças que podem substituir o Léo Sena à altura”, concluiu o diretor
esmeraldino.