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sexta-feira, 29 de novembro de 2024
Operação Snake

Polícia Civil do DF prende amigo de estudante picado por naja

Gabriel Ribeiro, também estudante de veterinária, é acusado de obstruir as investigações e foi encaminhado à 14ª Delegacia de Polícia no Gama| Foto: Reprodução/ Ivan Mattos/ Zoológico de Brasília

Postado em 22 de julho de 2020 por Redação
Polícia Civil do DF prende amigo de estudante picado por naja
Gabriel Ribeiro

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou nesta quarta-feira (22) a terceira fase da Operação Snake, em que cumpriu mandado de prisão temporária contra o estudante de veterinária Gabriel Ribeiro, amigo de Pedro Henrique Kambreck Lehmkul, jovem que ficou em coma após ser picado por uma cobra naja.

Ribeiro e Kambreck, que também é estudante de veterinária, são suspeitos de integrar um grupo dedicado ao tráfico de animais exóticos no DF. O mandado de prisão de Ribeiro foi expedido após uma representação da autoridade policial. Segundo a PCDF, há indício de que ele estaria tentando obstruir diligências policiais desde o início das investigações.

Ele é suspeito ainda de ter ocultado 16 serpentes de Pedro Kambreck, que foi picado em 7 de julho por uma Naja kaouthia – cobra originária da Ásia, cujo veneno pode matar. Os animais foram encontrados em um haras na cidade de Planaltina. Ribeiro teria também deixado a naja dentro de uma caixa perto de um shopping na região central de Brasília.

Os atos teriam sido praticados enquanto Kambreck estava internado em coma devido à picada. Após tratamento com soro antiofídico enviado pelo Insituto Butantan, em São Paulo, ele teve alta na semana passada.

Em 15 de julho, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) informou que Ribeiro foi multado em R$ 81,3 mil por dificultar a ação do órgão e manter animais nativos em locais inapropriados e sem autorização, além de maus-tratos.

O Ibama também multou Kambreck em R$ 61 mil por maus-tratos e por manter serpentes nativas e exóticas em cativeiro sem autorização. Até a semana passada, o instituto disse ter recebido 32 serpentes, além de tubarões, que foram entregues voluntariamente após a picada da naja.

Gabriel Ribeiro foi encaminhado à 14ª Delegacia de Polícia no Gama – região a 30 km de Brasília – que conduz a investigação sob sigilo. A Agência Brasil tenta contato com a defesa do estudante preso. (Agência Brasil) 

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