Felipe André

O Atlético Goianiense segue se preparando para a disputa do Campeonato Brasileiro Série A neste ano. A equipe que retornou para a elite do futebol brasileiro após três anos na segunda divisão, aproveitou a paralisação devido a pandemia do Covid-19, para buscar reforços e até mesmo um novo treinador. Além de Vagner Mancini, chegaram João Victor, emprestado pelo Corinthians, Everton Felipe, emprestado pelo São Paulo, Willian Maranhão, contratado junto ao Vasco, e Matheus Frizzo, emprestado pelo Grêmio.

O jovem de 22 anos estava sendo utilizado na equipe sub-23 do Grêmio, mas ainda sem espaço no time principal comandado por Renato Gaúcho. Frizzo entrou em campo na última rodada da Série A do ano passado, contra o Goiás no estádio Serra Dourada, a equipe gaúcha treinou no CT do Atlético, o que ajudaria meses depois em uma negociação entre os clubes.

“As negociações já aconteciam a algum tempo, mas devido a pandemia acabou atrasando. Foi uma escolha minha vir para o Atlético, no Grêmio estava um pouco sem espaço e quando veio a proposta eu acreditei no projeto. No ano passado nós viemos fazer um jogo contra o rival [Goiás] e eu conheci aqui, treinamos no clube e me surpreendeu a estrutura, campo, vestiário, é um clube muito organizado e passa toda a estrutura para o jogador, o atleta se sente bem aqui”, destacou Frizzo.

Ainda desconhecido do grande público, Frizzo tratou de explicar as funções que desempenha e como ele entende que deve ser o meio-campista nos tempos atuais. “Minha posição é meio-campista, estou a disposição do treinador para o que ele precisar. Acho que atualmente quem joga no meio-campo precisa ser completo, tanto defensivamente, quanto ofensivamente. Prefiro atuar como volante, mas como joguei muito tempo como meia, gosto bastante de chegar no ataque, na área adversária”, disse.

Matheus participou dos dois jogos-treino, diante do Goiânia e Vila Nova. No primeiro ele entrou na segunda etapa, mas no clássico foi titular, após o meia Jorginho sofrer de uma indisposição.

“Me sinto adaptado, agora eu procuro meu espaço, respeitando os demais, mas vim procurando uma sequência de jogos e sei que tenho muito a ajudar o Atlético. Apesar de novo, tenho certa experiência, mas profissionalmente estou começando uma carreira. O elenco aqui é muito bom, me receberam bem e estou acreditando no projeto”, elogiou Frizzo.

Ainda sem acesso aos treinos e sem a transmissão das partidas, o Atlético chega “misterioso” para a estreia na Série A, diante do Corinthians, no dia 9 de agosto, às 16h (horário de Brasília), na Arena Corinthians. Entretanto, Frizzo explicou qual tem sido o pedido de Vagner Mancini nos treinamentos focados aos meias.

“Os amistosos estão sendo importantes, é muito diferente mesmo treinando forte, sabemos que o ritmo de jogo para o atleta é muito importante. O time se portou bem, está evoluindo, foi o segundo jogo-treino. Jogamos com três volantes, Edson, Marlon e eu, com os dois últimos tendo mais liberdade. Nos adaptamos bem, jogou da maneira que o professor [Vagner Mancini] está implementando. Ainda falta um pouco de entrosamento, mas isso vem com o tempo, os treinos táticos ajudam e tem tudo para dar certo”, finalizou Frizzo.