Médico que agrediu transexual em motel é indiciado por lesão corporal grave
O crime aconteceu no último dia 15 deste mês. O agressor teria ficado nervoso após ter dois pedidos sexuais negados pela transexual, que alega não ter acordado os atos na contratação dos serviços – Foto: Reprodução
Marcella Vitória
O médico preso por agredir uma transexual foi indiciado por lesão corporal grave. O crime aconteceu em um motel de Aparecida de Goiânia, no último dia 15, quando ele ficou agressivo após a profissional se recusar a praticar um fetiche, não acordado no momento da contratação dos serviços sexuais.
A vítima teve o nariz quebrado e sofreu um corte no rosto. O agressor, que não teve a identidade revelada, foi solto três dias após ser preso, através de um habeas corpus concedido pelo desembargador Ivo Favaro. Ele vai responder ao processo em liberdade.
O delegado responsável pelo caso, Henrique Berocan, alega que o médico possui passagens pela polícia por ameaça, lesão corporal, injúria e Lei Maria da Penha, sendo a maioria das ocorrências registradas em 2015. A vítima também possui um antecedente criminal, de natureza não especificada.
Crime
Segundo a denúncia, durante a relação sexual, o cliente tentou inserir uma das mãos no ânus da transexual, que recusou. Ele pediu então, que ela lhe fizesse um beijo grego. Novamente a profissional recusou o pedido, e partir daí, o médico teria ficado nervoso.
A contratada resolveu interromper o serviço e foi agredida enquanto se vestia. No registro consta que o homem a pressionou contra a parede e lhe aplicou um golpe conhecido como mata-leão, acusando-a de ter filmado a conjunção carnal.
A vítima chegou a gravar um vídeo na porta do Distrito Policial de Aparecida. Nele, ela revela que o suspeito já tem fama de ser agressivo e é conhecido na BR-153, local de ponto onde garotas de programa atendem seus clientes.
Já na delegacia e na presença de um policial, o suspeito chuta a vítima quando ela aponta a câmera em sua direção.