Mais de 3.600 pessoas desaparecem em Goiás, revela Segurança
Apenas de janeiro a junho foram registrados quase 1.400 casos de desaparecimentos no Estado, sendo 730 identificados, segundo SSP-GO | Foto: Reprodução.
Nielton Soares
Um levantamento da Secretaria de Segurança Pública de Goiás
(SSP-GO) mostrou que no ano passado 3.648 pessoas foram registradas como desaparecidas
no Estado. E, que apenas neste ano de janeiro a junho já são quase 1.400 casos
de desparecimentos.
A pasta informou ainda que o banco de dados Goiás Biométrico
já conseguiu identificar 730 indivíduos que estavam desaparecidos há anos. Por
meio do trabalho iniciado em 2019, cuja equipe especializada da Polícia Civil
trabalha na investigação de casos antigos, unificando e cruzando informações.
“Até o momento (agosto de 2020) a Coordenação de
Desaparecidos já identificou 759 cadáveres que passaram todos esses anos
ignorados. Desses, 730 foram identificados pelo banco de dados do Goiás
Biométrico e 29 foram identificados pelo AFIS da Polícia Federal”, afirma a coordenadora
da seção de pessoas desaparecidas do Instituto de Identificação do Estado de
Goiás, Simone de Jesus.
Já no Brasil, os números são também assustadores. Os dados
do cenário nacional mostram que a cada 11 minutos, pelo menos uma pessoa
desaparece.
Caso Danilo
Recentemente, o caso do menino Danilo de Sousa, de 7 anos,
assassinado pelo vizinho no Parque Santa Rita, trouxe à tona as angústias de um
caso de desaparecimento. O menino tinha saído de casa para visitar os avós no
dia 21 de julho e nunca mais foi visto com vida.
Autoridades buscaram a criança por dias até que cães
farejadores do Corpo de Bombeiros de Goiás (CMB-GO) encontraram um corpo em
estado de decomposição a cerca de 100 metros da residência onde a vítima morava
com a família.
A identidade do corpo foi feita pelos datiloscopistas e
papiloscopistas do Instituto de Identificação da Polícia Civil (PC) no mesmo
dia. Esse resultado rápido só foi possível porque a criança tinha a Carteira de
Identidade emitida recentemente e as digitais dele estavam armazenadas no banco
de dados do Estado.