Bolsonaro diz que auxílio emergencial será de R$ 300 por mais 4 meses
Presidente participou de reunião com ministros e líderes do Congresso. Ele também anunciou que a reforma administrativa vai ser enviada nessa quinta-feira (3)| Foto: Reprodução
Eduardo Marques
Em pronunciamento à imprensa na manhã desta terça-feira (1º) no Palácio do Planalto, em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) informou que o auxílio emergencial será de R$ 300 por mais 4 meses.
O valor do benefício, criado para anteder trabalhadores informais que perderam renda em razão da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), foi anunciado após reunião do presidente com ministros e parlamentares aliados.
Sobre o auxílio, Bolsonaro disse: “Resolvemos prorrogá-lo por medida provisória até o final do ano”. “O valor, como vínhamos dizendo, de R$ 600, é muito para quem paga, no caso, o Brasil”, afirmou.
“O valor definido é um pouco superior a 50% do valor do salário mínimo, ou melhor, do Bolsa Família. Decidimos aqui, atendendo à economia e em cima da responsabilidade fiscal, fixá-lo em R$ 300”, anunciou Bolsonaro.
Ele lembrou que o benefício foi criado há cinco meses, vigorou por três meses e foi prorrogado por mais dois meses. O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendia um valor próximo de R$ 200, enquanto Bolsonaro considerava o repasse baixo – além de considerar o patamar inicial do auxílio, de R$ 600, alto.
Reforma administrativa
O presidente também informou que a reforma administrativa vai ser enviada ao Congresso na quinta-feira (3). “Encaminhar na quinta feira a reforma administrativa que fique bem claro, não atingirá nenhum dos atuais servidores. Ela se aplicará apena aos futuros servidores concursados”, afirmou Bolsonaro.
A reforma administrativa vem sendo discutida desde o início do ano e é uma das principais medidas da equipe econômica para 2020. Com a pandemia, a discussão perdeu força e, no meio político, houve dúvidas se o texto realmente seria analisado ainda neste ano.
A ideia da reforma é alterar regras do funcionamento da máquina pública. A equipe econômica argumenta que a medida vai cortar gastos e aumentar e eficiência do governo.