Pesquisa registra número de estudantes negros, pardos e indígenas sem acesso a atividade escolar.
O número de não brancos sem acesso as atividades são quase o triplo que a de brancos. – Foto: Reprodução/ Internet
Ana Julia Borba
Levantamento feito
pelo Centro Brasileiro de Análise de Pesquisa (CEBRAP) e da Rede de pesquisa
solidária, aponta que cerca de 4,3 milhões de estudantes não brancos (índios, pardos e negros)
da rede pública não estão tendo acesso as atividades escolar, e entre os brancos, cerca de 1,5 milhões não possuem acesso as atividades. O número de não
brancos sem acesso as atividades são quase o triplo que de brancos.
De acordo com o sociólogo responsável pelo levantamento,
Ian Prestes, os números representam não só a desigualdade atual entre brancos e
não brancos, como também podem refletir em uma preocupação na geração escolar.
O levantamento não diz o motivo de tamanha diferença
entre os números, mas de acordo com o IBGE podem haver possibilidades que
resultaram na desigualdade. Entre elas, a de que estudantes não tiveram atividades
escolar porque as escolas não disponibilizaram, porque as crianças dessas famílias
não possuem estrutura que permita o acesso as atividades, como por exemplo a
falta de internet.
O estado com maior diferença desproporcional entre estudantes brancos e
não brancos, é o Amazonas. 212.242 não brancos sem atividades, para 28.227
brancos. Na sequência vem a Bahia, com 742.115
não brancos sem atividades e 120.995 brancas.