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segunda-feira, 25 de novembro de 2024
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Investigado

Ministro do STF manda Bolsonaro depor presencialmente em processo de Moro

Celso de Mello não acatou parecer da PGR para que o presidente prestasse esclarecimentos por escrito | Foto: Reprodução.

Postado em 11 de setembro de 2020 por Nielton Soares
Ministro do STF manda Bolsonaro depor presencialmente em processo de Moro
Celso de Mello não acatou parecer da PGR para que o presidente prestasse esclarecimentos por escrito | Foto: Reprodução.

Nielton Soares

O ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF), Celso de Mello, determinou que o presidente Jair Bolsonaro (sem
partido) preste depoimento presencialmente acerca das acusações do ex-ministro
da Justiça e Segurança Público Sergio Moro.

No processo, o ex-ministro acusou
Bolsonaro de interferência política em investigações da Polícia Federal (PF) e inquéritos
do próprio STF. Porém, a Procuradoria-Geral da República (PGR) deu parecer para
que Bolsonaro fizessem os esclarecimentos por escrito à Suprema Corte.

No entanto, Celso de Mello
entendeu que não havia a possibilidade de Bolsonaro prestar depoimento por
escrito, pois isso não se aplicava, devido o presidente ser o próprio investigado.
“O senhor presidente da República, por ostentar a condição de investigado, não
dispõe de qualquer das prerrogativas (próprias e exclusivas de quem apenas
figure como testemunha ou vítima)”, escreveu o ministro do STF.

Celso de Mello citou ainda que
deve haver o procedimento normal do interrogatório. “Tanto o comparecimento
pessoal quanto a necessária relação de direta imediatidade com a autoridade
competente (Polícia Federal), conferindo-se, assim, efetividade ao princípio da
oralidade”, acrescentou.

Ao Moro, o ministro garantiu a
possibilidade de estar presente durante a acareação, “por intermédio de seus
advogados, exercer o direito de participar do ato de interrogatório do
Presidente da República e de dirigir-lhe reperguntas”.

 

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