Brasil criou 313 mil empregos formais em setembro, melhor resultado do ano
Esse foi o melhor resultado, para meses de setembro, desde o início da série histórica, em 1992| Foto: Reprodução/ Tony Winston/Agência Brasília
Da Redação
A economia brasileira criou 313.564 empregos com carteira assinada em setembro, de acordo com números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira (29) pelo Ministério da Economia.
O saldo é a diferença entre as contratações e as demissões. Em setembro, o país registrou 1.379.509 contratações e 1.065.945 demissões.
Números oficiais do governo mostram que esse foi o terceiro mês positivo de criação de empregos com carteira assinada.
Esse também foi o melhor resultado, para meses de setembro, desde o início da série histórica, em 1992, ou seja, em 29 anos. Até então, o melhor valor, para esse período, havia sido registrado em 2008, quando foram abertas 282.841 vagas com carteira assinada.
De janeiro a setembro de 2020, foram fechados 558.597 postos de empregos com carteira assinada, segundo informou o ministério.
Segundo o Ministério da Economia, mesmo com o crescimento dos empregos formais nos últimos três meses, ainda não houve recuperação das perdas registradas entre março e maio deste ano – quando foram perdidos 1,594 milhão de empregos. De julho a setembro, foram abertas 697.296 vagas com carteira assinada.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou que os números crescentes de geração de emprego, nos últimos dias, indicam uma recuperação da economia “em V”.
“Nos últimos três meses foram criados 100 e poucos, 200 e poucos e 300 e poucos [mil]. Não só estamos criando empregos, como estamos criando em ritmo crescente. Nós tivemos em abril o fundo do poço, perdemos empregos três meses seguidos, mas já estamos criando três meses seguidos empregos em todos os setores e em todas as regiões do Brasil”, disse.
Guedes afirmou ainda que no acumulado do ano, até setembro, o Brasil perdeu mais de 558 mil postos de emprego, mas esse valor é inferior à perda acumulada nesse mesmo período durante os anos de recessão, em 2015 e 2016.