Igor Afonso

Cerca de 350 pessoas marcharam na manhã deste domingo (8) em
Goiânia, em um ato em defesa da digital influencer Mari Ferrer e por justiça às
mulheres violentadas e silenciadas por seus agressores e até pelo próprio Poder
Judiciário.

Os manifestantes se concentraram na Praça Cívica às 9h e
seguiram até a entrada do Tribunal de justiça de Goiás (TJ-GO) no Setor Oeste,
com gritos de ordem e cartazes. Os organizadores revelaram que o ato vinha
sendo organizado há cerca de uma semana, principalmente pelas redes sociais.

“Nós consideramos que o que aconteceu no julgamento da Mari
Ferrer foi um “cala a boca” velado. A maneira com a qual ela foi julgada,
independente se ela é certa, se ela é errada […]. Ela foi culpada por algo que
ela é uma vítima, isso fez com que nós despertássemos pra uma realidade
cotidiana”, apontou Kelly Rodrigues, uma das organizadoras do movimento.

O ato comandado por mulheres, mas com a participação de homens
apoiadores à causa, contou com a participação de movimentos como o Bloco Não é
Não, Movimento de Mulheres Olga Benario , Instituto Padma, Associação Mulheres
na Comunicação, União Estadual dos Estudantes e Coletivo Paratodos GO.

Os manifestantes se concentraram na Praça Cívica e seguiram
para o TJ-GO. As mulheres vestiram preto e máscara, e portavam vários cartazes
com mensagens contra o estupro e a violência contra as mulheres.