Atlético Goianiense fica na bronca com a arbitragem em empate contra o Corinthians
Lateral Dudu argumentando com o assistente Leirson Peng Martins; arbitragem foi contestada pelo lado atleticano – Foto: Heber Gomes
Felipe André
Na noite do último sábado (7), o Atlético Goianiense ficou no empate contra o Corinthians por 1 a 1 no estádio Olímpico. Oliveira e Fábio Santos marcaram os gols e ambos em bola parada, os donos da casa abriram o placar após cobrança de escanteio e desvio do zagueiro, enquanto os visitantes deixaram tudo igual em cobrança de pênalti. Penalidade que foi uma das grandes reclamações por parte do rubro-negro ao longo de todo o jogo.
“Está sendo uma coisa meio que recorrente as críticas ao VAR. Não vou nem culpar, no lance do pênalti o árbitro, pois às vezes no calor do jogo, pode achar que foi, e marcar. Mas hoje no futebol brasileiro temos o VAR para corrigir alguns erros dentro do campo, e foi nítido que o Gilvan toca a bola, só que ele fez o movimento e o Fagner encontra a perna dele. O Fagner nem participava do lance, ele passa correndo em outra direção. O Corinthians ia se expor no jogo e ia dar espaço para fazer a transição que é o nosso ponto forte”, argumentou o treinador interino Eduardo Souza.
Eduardo Souza deve ter feito sua última partida a frente da equipe atleticana. O clube acertou a contratação de Marcelo Cabo que chega nos próximos dias em Goiânia para assinar contratar e retornar ao clube onde foi campeão da segunda divisão em 2016. Apesar de retornar ao posto de auxiliar técnica, Eduardo ficou na bronca com a atuação do árbitro Jean Pierre, além dos assistentes Leirson Peng Martins e Lucio Beiersdorf Flor, o trio do Rio Grande do Sul. A reclamação também chegou ao árbitro de vídeo, Caio Max Augusto Vieira, do Rio Grande do Norte.
“O pênalti deveria ter sido revisado pelo VAR, teve um lance do Zé Roberto que nitidamente ganha a frente do Gil e cabeceia, o Ferrareis sairia de frente para o gol e o árbitro deu uma falta inexistente, além disso ele só deu quatro minutos de acréscimo. Isso me deixou mais irritado e tanto que tomei amarelo. Foram seis mudanças, o Corinthians fez três, nós também, só aí a regra fala que deveria ser três minutos. O VAR parou no lance do pênalti no mínimo dois, três minutos. Contra a gente é três, quatro minutos. Contra o Athletico PR que tínhamos um a menos, o árbitro deu oito minutos e depois mais um”, destacou Eduardo Souza
“Na quarta-feira o Corinthians reclamou e queria ver o que o VAR passou para o árbitro, então direitos iguais, nós temos que ouvir o que ele [árbitro de vídeo] passou para o árbitro de campo. O árbitro que está no VAR minou a gente na Copa do Brasil no Rio de Janeiro, é o mesmo árbitro de vídeo que fez contra o Athletico PR. Aqui é um clube sério que briga ponto a ponto pelos objetivos e a gente acaba sendo minado. Saímos frustrados, não é desculpa, não gosto de falar de arbitragem, mas é impossível. Todo mundo viu que o Gilvan tocou na bola, na quarta-feira acharam seis, sete ângulos para dar o pênalti para o Corinthians, hoje em um ângulo não olhou os outros lances”, completou o treinador interino.
O presidente Adson Batista também não aprovou a atuação do árbitro gaúcho. O dirigente lembrou a reclamação do Corinthians perante a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) na última semana, no pênalti marcado a favor do América-MG pela Copa do Brasil.
“Tivemos um problema pontual. Hoje o árbitro, que é um bom árbitro, veio aqui, picotou o jogo, segurou, amarrou, parou o jogo pra caramba e depois dá quatro minutos [de acréscimos]. E depois o pior de tudo, porque não foi pênalti. Em uma rede que tem o direito televisivo, árbitro de ponta, viu que não foi pênalti. O Gilvan chutou a bola primeiro, mas o Corinthians reclamou muito na Copa do Brasil e o Atlético pagou o pato. Eles chegam aqui tenso para apitar o jogo, para não desagradar o Corinthians que tem muita força no futebol brasileiro”, reclamou Adson Batista, presidente do Atlético Goianiense.