Polícia conclui caso e indicia fazendeiro por morte de advogado
Crime ocorreu no dia 14 de novembro no munícipio de Nerópolis. Vítima e autor eram primos| Foto: Reprodução
Da Redação
A Polícia Civil (PC) concluiu nesta segunda-feira (23) as investigações sobre a morte do advogado Ricardo Xavier Nunes, de 54 anos, em Nerópolis, na Região Metropolitana de Goiânia. Ao final do inquérito, um fazendeiro, primo da vítima, foi indiciado por homicídio duplamente qualificado e ainda por posse ilegal de munição.
O crime aconteceu no dia 14 de novembro deste ano. Na ocasião, o advogado foi morto a tiros, em frente à casa onde morava. Toda a ação foi registrada por câmeras de segurança. Durante a investigação, os policiais constataram que o crime foi premeditado, já que o indiciado foi visto indo à casa da vítima horas antes do homicídio. Segundo o delegado André Fernandes, como o fazendeiro não foi atendido, retornou ao local mais tarde e cometeu o crime. “Essas imagens dele indo à casa da vítima uma hora antes mostram essa premeditação”, disse.
O indivíduo foi localizado e detido 12 horas após o assassinato, na cidade de Rubiataba, a cerca de 180 km de Nerópolis. No depoimento, o fazendeiro confessou o crime. De acordo com a Polícia, ele afirmou ter atirado contra o primo porque, na noite anterior, o advogado teria ido até a casa de seu pai e atirado com o objetivo de atingir o idoso. Ao final do inquérito, no entanto, a versão foi descartada. A Polícia concluiu que os barulhos indicados pelo homem, como sendo de tiros, eram na verdade bombas, compradas pela vítima para afugentar animais silvestres.
“Há confirmação que a vítima comprou bombas para poder espantar animais silvestres, contradizendo a versão do autor, de que a motivação da sua ação teria sido uma possível tentativa de homicídio praticado pela vítima contra o pai do autor, na propriedade rural. O inquérito policial faz prova da realidade da ocorrência, da aquisição dessas bombas e o uso delas, no dia, para poder espantar animais, inclusive com testemunhas que indicam que não havia a questão de arma de fogo”, destacou.
A arma do crime não foi localizada. Após a prisão, o fazendeiro foi encaminhado à Unidade Prisional de Goianápolis, onde segue detido. Caso seja condenado, poderá pegar até 30 anos de reclusão.