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domingo, 24 de novembro de 2024
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Racismo

ONU cobra de governo Bolsonaro posicionamento contra “racismo persistente”

Durante comunicado, a porta-voz que o acontecimento “é um exemplo extremo da violência sofrida pelos negros no Brasil”. – Foto: Reprodução/ Internet

Postado em 24 de novembro de 2020 por Raphael Bezerra
ONU cobra de governo Bolsonaro posicionamento contra "racismo persistente"
Durante comunicado

Ana Julia Borba

Na manhã dessa terça –feira (24) a
porta-voz de Michelle Bachelet, alta comissária da Organização das Nações Unidas (ONU) para Direitos Humanos,
Ravina Shamdasani falou sobre o assassinato de João Alberto Silveira Freitas,
de 40 anos, no estacionamento de uma unidade do Carrefour, em Porto Alegre, na
última quinta-feira (19).

Beto
foi morto por dois seguranças brancos do estabelecimento.
Os dois
seguranças foram presos em flagrante e
são suspeitos de homicídio triplamente qualificado.

Durante
o comunicado, a porta-voz falou
que funcionários do governo brasileiro têm uma
responsabilidade especial de reconhecer o problema subjacente, implícito
“ao racismo persistente no país, pois este é o primeiro passo essencial
para resolvê-lo”.

Durante
argumento, a porta-voz falou que o caso
mostra a necessidade das
autoridades brasileiras em combater o racismo junto com todos os grupos da
sociedade, em especial os mais afetados. “Este caso e a indignação generalizada
que ele provocou destacam a necessidade urgente das autoridades brasileiras de
combater o racismo e a discriminação racial em estreita coordenação com todos
os grupos da sociedade, especialmente os mais afetados”, ressaltou.

Ela falou também que o racismo estrutural, a discriminação e violência sofridos
por negros no Brasil são documentados por dados oficiais que indicam que o
número de afro descentes vítimas de homicídio é desproporcionalmente maior ao
de outros grupos.

Ainda no comunicado, a porta-voz afirmou que a morte de Beto,
espancado até a morte, “é um exemplo extremo, mas infelizmente muito comum, da
violência sofrida pelos negros no Brasil”. 

Ravina ressaltou dados
importantes que reflete no racismo estrutural do país, como por exemplo a
quantidade de negros nas prisões.

“O legado do passado ainda está
presente na sociedade brasileira, assim como em outros países. Os negros
brasileiros sofrem de racismo estrutural e institucional, exclusão,
marginalização e violência, com — em muitos casos — consequências
letais. Os afro-brasileiros são excluídos e quase invisíveis das estruturas e
instituições de tomada de decisão”, frisou.

Por fim, a porta-voz pediu para que a investigação seja
independente e imparcial, pediu para que as autoridades investiguem se a
questão racial teve alguma relação no caso.

 

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