Pix se transforma em aplicativo de paquera na mão dos brasileiros
Banco Central informa que as mensagens no aplicativo não podem ser bloqueadas. O conselho é não usar chaves comuns e sim a gerada pela plataforma | Foto: Nielton Soares
Nielton Soares
O Pix, ferramenta de
transferência criada pelo Banco do Brasil (BC), na mão dos brasileiros, virou
uma rede social para paquerar, tipo um Tinder – aplicativo para solteiros
interessados em conhecer outras pessoas.
Surgiu até um termo para quem
utiliza a plataforma para esses fins românticos, são os ‘pixexuais’. Para
esses, há até uma tabela com códigos de comunicação. A principal que “viralizou”
foi criada pelo cearense, Caíque Gonçales.
O BC já planeja até uns emojis
para facilitar o uso da ferramenta. A assessora de mercado da instituição
financeira, Mayana Yano, disse que a ferramenta deve continuar com opção de envio
de mensagem, com no máximo 140 caracteres.
“O brasileiro tem sempre uma
criatividade adicional. Então se apropriou da tecnologia. O entendimento do
Banco Central é desde que esse uso não seja nada ilícito, está tudo bem”,
afirmou a assessora, em entrevista à rádio CBN.
Tabela nas redes
A tabela mais usada até o momento
é de: R$ 1 é igual um “adoro você”; R$ 2 vale um “te acho lindo” e um R$ 10 é
um legítimo “quero um encontro”. Já um depósito de R$ 20 pode significar “te
odeio”.
Como funciona?
As mensagens são possíveis porque
no Pix é incluído um campo onde o usuário pode digitar a identificação da
transferência. E foi esse campo que ‘virou pix lovers’, onde são divulgadas as
cantadas.
A primeira notícia sobre o caso,
foi quando um rapaz foi bloqueado em todas as redes sociais da ex-namorada, e
começou a usar o Pix para mandar mensagens, junto com transações no valor de R$
0,01. O intuito dele era reatar o namoro, não se sabe se deu certo.
Bloquear
O BC informou, no entanto, que
não há opção de bloquear mensagens no aplicativo. Caso haja abuso do uso e o
usuário se sinta constrangido, o ideal é alterar a chave. Por isso, o aconselhável
é não usar para o Pix CPF, número do celular ou e-mail, mas a própria chave
aleatória, gerada pela plataforma.