Capacidade de alunos em salas deve ser ampliada
Aumento será discutido em nova reunião do COE, na próxima semana | Foto: Reprodução
Maiara Dal Bosco
A pauta sobre o aumento da capacidade de alunos em sala de aula voltou a ser debatida pela Secretaria Estadual de Educação com a intenção de que a porcentagem chegue a 50%. Desde o dia 25 de janeiro estudantes goianos retornaram às aulas de forma presencial, em sistema híbrido. À ocasião, o Centro de Operações de Emergências de Goiás (COE) deliberou em manter o percentual de 30% de alunos, de acordo com a capacidade das escolas. O que pode mudar na próxima semana.
A rede municipal da Capital segue em aulas remotas, enquanto a rede particular conta com sistema híbrido. De acordo com a secretária Estadual de Educação, Fátima Gavioli, a prioridade na rede estadual neste primeiro momento é com o aluno que não teve ou não tem acesso à internet. “O sistema híbrido voltou 30% e a prioridade neste primeiro momento é com o aluno que não teve acesso e não tem acesso à internet. Então você imagina a angústia que essas famílias estão passando, porque às vezes só tem um celular na casa, porque às vezes paga a internet e o pacote termina em oito dias. Esse menino é o que nós estamos chamando para a escola. Na medida em que o COE for liberando essa cota, nós também vamos aumentando quais são os alunos que podem voltar”, afirmou, em entrevista a uma rádio da Capital.
A secretária também falou sobre a pressão que os pais vêm realizando para que o retorno presencial aconteça. “Quando estávamos todos paralisados porque naquele momento era a medida mais segura que se tinha a tomar, tudo certo, mas os pais agora estão cobrando o seguinte ‘eu voltei a trabalhar, meu filho não tem como estudar sozinho, ele vai pra rua, ele não está fazendo as tarefas’, então a gente não tem mais nenhuma garantia de que somente as aulas remotas possam garantir aí pelo menos 50%, 60% de aprendizagem”, pontuou.
Deliberação
Sobre o retorno das aulas presenciais, em todos os níveis de Educação, o COE vem avaliando o cenário quinzenalmente. A última deliberação, realizada em 27 de janeiro, manteve o percentual de alunos em sala de aula em 30%. “No ano passado não tivemos condições de fazer essa análise, mas agora, com o retorno das aulas, teremos uma noção mais adequada”, afirmou a Superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), Flúvia Amorim.
Uma nova avaliação sobre o assunto está prevista para a próxima semana. No entanto, a decisão sobre adotar as orientações decididas pelo Centro de Operações cabe aos gestores, sendo que segundo o Supremo Tribunal Federal (STF), Estados e Municípios têm autonomia legislativa para definir suas leis, e, por consequência, as ações de prevenção e combate à Covid-19.
Segundo o Presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino de Goiânia, Flávio Roberto de Castro, como a medida já está sendo discutida pelo COE, a orientação é aguardar o primeiro mês de atividades com capacidade de 30% para, posteriormente, aumentar para 50%. “Nossa expectativa é a melhor possível, uma vez que temos trabalhado seguindo os protocolos de segurança e não foram registrados problemas neste sentido até o momento”, afirmou em entrevista ao jornal O Hoje.
Em nota, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) afirmou que o posicionamento do Sindicatocontinua o mesmo desde o início da pandemia, em 2020, em que destaca que o retorno presencial das atividades só é possível após a vacinação. “O Sintego se preocupa com a vida dos/as profissionais, alunos/as, mães e pais ou responsáveis e continua contrário ao retorno presencial, sem a vacinação. O Sindicato pede celeridade na aquisição e distribuição de vacinas para os/as profissionais da Educação, apenas assim as aulas presenciais poderão ter início de forma segura para todos/as”. (Especial para O Hoje)