Para Sindbares, restrição de horários deve gerar 6 mil demissões, em Goiânia
Em nota divulgada, sindicato diz ter se surpreendido por novo decreto não incluir segmento na flexibilização | Foto: Reprodução
Luan
Monteiro
O Sindicato dos
Restaurantes, Bares e Similares de Goiânia (Sindbares), emitiu uma nota
na manhã desta sexta-feira (5/2), onde repudia o novo decreto que amplia o horário de
funcionamento de distribuidoras e lojas de conveniência, até 22h, mas mantém o
horário de fechamento para bares e restaurantes às 23h, em Goiânia.
Segundo a nota, o
sindicato projeta que nos próximos dias, os empresários deverão demitir cerca
de 6 mil funcionários, devido as restrições de horário impostas pelo decreto. E
que apesar da expectativa, o segmento foi surpreendido por não ter sido incluído
na flexibilização do decreto.
Leia a nota na íntegra
NOTA SINDIBARES NOVO
DECRETO
Apesar da expectativa para
o novo decreto da Prefeitura de Goiânia o Sindibares e todo o setor foi
surpreendido na noite desta quinta-feira por não ter sido incluído nas
flexibilizações. Pelo documento, bares e restaurantes devem continuar fechando
às 23h e com encerramento para músicas ao vivo às 22h.
No último dia 29/01 em
reunião, o Prefeito Rogério Cruz afirmou que iria analisar a ampliação de
horário solicitada pelo Sindibares e Abrasel. Em reunião o COE aprovou a
flexibilização. Em entrevistas o Prefeito chegou a falar de ampliar o horário
para bares e restaurantes.
A entidade busca agora um
diálogo com a Prefeitura para entender os motivos de não ter sido incluído
neste decreto. O Sindicato reafirma a preocupação em relação ao Coronavírus,
mas que segue protocolos de segurança já impostos, como funcionamento somente
com 50% da capacidade, distanciamento entre as mesas, álcool gel, entre outras
coisas.
Goiânia é conhecida
nacionalmente pela gastronomia, pelos bares e restaurantes. O Setor já foi um
dos maiores empregadores da capital, mas agora sofre com a falta de
sensibilidade das autoridades.
Empresários que trabalham
no período noturno, estão preocupados porque esse horário reduzido de
funcionamento impacta diretamente no faturamento. Por conta dessa instabilidade
e restrições os empresários devem começar a demitir, já que não conseguem arcar
com os custos e não tem ajuda do Governo Federal, Estadual e nem
municipal.
O Sindibares projeta que
sem a flexibilização nos próximos dias cerca de 6 mil funcionários terão que
ser demitidos em Goiânia. Em novembro do ano passado, com expectativa de
aumentar o movimento empresários fizeram contratações, então esses
trabalhadores que hoje têm contrato de experiência, vão ter seus contratos
encerrados. Além disso, cerca de 500 vagas para o setor que estavam em aberto,
em seleção na Central de RH do Sindibares, também já foram suspensas.