Maiara Dal Bosco

Municípios goianos anunciaram medidas de restrição para barrar o avanço da Covid-19, depois de o governo classificar seis das 18 regiões de saúde em situação de calamidade. Na região de São Patrício I, todos os 20 municípios que integram a microrregião fecharão o comércio por 15 dias a partir de hoje (19). A decisão, que impacta diretamente na vida de mais de 160 mil habitantes, foi tomada após uma reunião entre gestores municipais realizada na quarta-feira (17), em Rubiataba.

Estão incluídos na decisão as cidades de Campos Verdes, Carmo do Rio Verde, Ceres, Crixás, Guarinos, Ipiranga de Goiás, Itapaci, Morro Agudo de Goiás, Nova América, Nova Glória, Pilar de Goiás, Rialma, Rianápolis, Rubiataba, Santa Isabel, São Luiz do Norte, São Patrício, Santa Terezinha de Goiás, Uirapuru e Uruana.

Em Itapaci, o prefeito Mário José Sales já havia decretado, no último dia 11, medidas mais rígidas para conter o avanço da transmissão da Covid-19. Medidas como uso de máscara obrigatório em todos os locais, públicos e privados, aulas na rede pública e privada, atividades em igrejas, academias, salões de beleza e eventos em áreas abertas e fechadas, tanto na zona urbana quanto na zona rural foram suspensas.

O município de Ceres, cidade polo da região de Saúde de São Patrício I deve publicar um decreto hoje com as novas medidas. Além de Ceres, municípios como Rialma, Nova Glória, Carmo do Rio Verde, São Patrício, Ipiranga de Goiás e Nova América também devem publicar decretos semelhantes.

Iporá, na região Oeste I e que já vinha aplicando restrições contra a Covid-19, como suspensão de aulas presenciais e Lei Seca, também deve acatar o próximo decreto do governador Ronaldo Caiado, independente do grau das restrições.

Cidades localizadas nas regiões de Estrada de Ferro, Entorno Sul, Rio Vermelho, São Patrício I, Oeste I e Nordeste II adotarão medidas como a redução no número de pessoas em bares, templos religiosos e diminuição no horário de funcionamento de estabelecimentos.

Nova Crixás, na região Rio Vermelho também está em situação de calamidade. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o município conta com situação estável. Apesar disso, a cidade também seguirá o decreto estadual. Já em Pires do Rio, que também está em uma região considerada de calamidade, região de saúde Estrada de Ferro, informou por meio da prefeitura que, no momento, não adotará nenhuma medida de restrição mais rígida.

Outras regiões

Na Capital, localizada na região de saúde Central, a situação é crítica. De acordo com o superintendente de Vigilância em Saúde, Yves Mauro, o número de pessoas permitidas em bares e igrejas será reduzido a 30% da capacidade total. Um novo decreto deve ser publicado no dia de hoje (19).

Senador Canedo, localizado na região de saúde centro sul e classificado em situação crítica decidiu acatar, na íntegra, as recomendações do Governo do Estado. Desde ontem (18), o município adota o funcionamento do comércio em geral – centros comerciais, shoppings e academias, entre outros – com 50% de lotação, e restringe a 30% a ocupação de igrejas, bares e restaurantes.  A prefeitura deverá ainda publicar um decreto contendo todas as recomendações para o funcionamento dos estabelecimentos no município, além de reforçar a necessidade do uso de máscara facial, da higienização das mãos e da manutenção do distanciamento social

Em alerta

Já Anápolis, situada na macrorregião de saúde Pirineus e classificada em situação de alerta também anunciou mudanças no funcionamento do comércio. A partir de segunda-feira (22), haverá a restrição de dias e horários para o funcionamento segmento varejista e atacadista. Ambos passarão a funcionar de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h. Aos finais de semana, estes deverão permanecer fechados. A circulação de pessoas de forma simultânea também será limitada nesses locais.

 Os anapolinos também terão mudanças na dinâmica de atendimento das unidades de saúde da rede pública e privada, bem como no transporte coletivo, indústrias e serviços de alimentação. Até o momento, Goiás já tem 377.323 casos confirmados da doença, e registra 8.163 óbitos. (Especial para O Hoje)