Dayrel Godinho 

Após o anúncio do apoio do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB Goiás) Lúcio Flávio, à pré-candidatura do presidente da Escola Superior de Advocacia de Goiás (ESA-GO), Rafael Lara, o grupo de oposição busca unidade entre os nomes dos pré-candidatos Júlio Meirelles, André Abrão e Pedro Paulo de Medeiros, que foi o candidato do grupo Nova Ordem nas eleições de 2018. 

Essa movimentação dos grupos de oposição havia ganhado força após o grupo intitulado Nova Ordem, que foi formado em 2018 pela OAB Forte, OAB Independente e OAB Renovação, tentar lançar outro nome sem ser o de Pedro Paulo para 2021. O advogado era o nome desta junção de grupos em 2018.

Os três pré-candidatos já disponibilizaram os seus nomes para concorrer à eleição e lutam para chegar a um acordo, que será feito “no momento oportuno”.

Procurado, o líder último candidato pelo grupo, Pedro Paulo disse que a oposição precisa estar unida. “Todos os advogados e advogadas do Estado de Goiás que se dispõem a integrar a oposição e a Nova Ordem estarão juntos, com um único ideal: de que o candidato será oportunamente escolhido consensualmente pelo grupo”, argumentou o pré-candidato que afirma que também estará atuando para que a oposição saia vitoriosa desta eleição, “com um único nome escolhido pela oposição”. 

“Seria covardia ficar de braços cruzados na zona de conforto”, comentou o advogado.

O advogado Júlio Meirelles, que é apoiado por parte destes três grupos que formam o grupo Nova Ordem, é um destes nomes que pleiteiam concorrer à eleição. Ele tem o apoio de nomes importantes do Direito em Goiás, para ser o candidato escolhido pela oposição.

“Estamos nos reunindo desde o ano passado com o objetivo de atender os advogados e advogadas que estão desamparados e vêm sendo ignorados pela atual gestão da OAB-GO. O grupo está crescendo e o nosso objetivo é a união de todos que querem mudanças e que se opõem à atual gestão”, comentou o pré-candidato.

O nome do presidente da ESA, Rafael Lara, foi anunciado pelo atual presidente na última quarta-feira (7) como um pré-candidato pelo grupo de Lúcio Flávio, mas que, ainda em fase pré-eleitoral, conta com outros nomes, como a conselheira federal da OAB Valentina Jungmann, autora do projeto Paridade Já, que está em vigência para estas eleições, além de outros nomes como o presidente da Caixa de Assistência dos Advogados de Goiás (Casag), Rodolfo Otávio, e os advogados Thales Jayme e Jacó Coelho. 

Jungmann criticou o anúncio precipitado e criticou a decisão, no entanto diz não se considerar como uma “dissidente” ou de oposição ao grupo de Lara. “Mantenho o mesmo ideário que nos fez unir em 2015 e em 2018 e, por isso, sou pré-candidata”.

Em uma carta endereçada ao presidente, a advogada reiterou que está com o grupo desde 2015, quando deu suporte às atuais gestões e que se manteve leal ao atual presidente. “Minha candidatura não nasceu de minha vontade exclusiva. Diversos colegas, homens e mulheres estiveram comigo comungando ser o momento de uma candidatura feminina à presidência da OAB-GO”, comentou a advogada.

 Ela, inclusive, endereçou uma carta ao presidente da OAB-GO, Lúcio Flávio, dizendo que foi a primeira candidata a comunicar a pré-candidatura e que “não faria isso sem antes obter concordância [de Lúcio Flávio]”. “Recordo de sua orientação neste sentido, de que eu falasse com os conselheiros e presidentes das subseções, uma vez que, para decidir, ouviria capital e interior”, diz a carta.