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sábado, 23 de novembro de 2024
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Cuidados

Número de óbitos de grávidas em 2021 já ultrapassa todo ano de 2020

Em todo o ano de 2020 foram 457 mortes, enquanto em 2021 foram 642.

Postado em 14 de maio de 2021 por Agência Brasil
Número de óbitos de grávidas em 2021 já ultrapassa todo ano de 2020
Em todo o ano de 2020 foram 457 mortes

Os óbitos de grávidas e puérperas (mulheres que tiveram filho recentemente)  chegaram a 642 em 2021. Os dados foram atualizados na última quinta-feira (13/05) pelo Observatório Obstétrico Brasileiro Covid-19 (OOBr Covid-19). Com esse número, o ano de 2021 já tem mais mortes maternas do que o registrado em todo o ano passado no país (457 mortes). 

Segundo o OOBr Covid-19, desde o início da pandemia, uma a cada cinco gestantes e puérperas mortas pelo novo coronavírus não teve acesso a unidades de terapia intensiva (UTI) e 33% não foram intubadas, perdendo assim a chance de serem salvas.

 “O que nós temos percebido no Brasil é uma dificuldade de estruturação da rede de atenção à gestante e à puérpera com covid. Quando falamos sobre UTI é difícil ter serviços estruturados em hospitais onde podemos ter essas pacientes assistidas por obstetras especializados em gestação de alto risco e equipe de intensivistas trabalhando juntos para que essa atenção possa ocorrer da melhor forma”, disse a criadora do OOBr Covid-19 e presidente da associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo (Sogesp), Rossana Pulcineli Vieira Francisco.

Os dados mostram ainda que entre março de 2020 e 12 de maio de 2021 são 11.664 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por covid-19, com 1.099 óbitos (9,4%) entre grávidas e puérperas. Outros 10.818 registros de SRAG com 274 mortes entre gestantes e puérperas, podem ser também episódios de covid-19, na avaliação dos pesquisadores.

Para Rossana o grande número de gestantes e puérperas internadas e os óbitos por SRAG com causa não especificada pode indicar a baixa testagem. “Isso nos preocupa muito porque pode ser um motivo para subnotificação para casos de covid-19. Dessa forma, podemos pensar que isso está acontecendo também em outros grupos de pacientes”, finalizou a obstetra.

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