Alzheimer: cientistas desenvolvem nova droga contra a doença
A agência reguladora dos Estados Unidos aprovou uma nova droga que pode retardar a degeneração do cérebro
O tratamento contra o desenvolvimento do Alzheimer ganhou reforço, neste mês, com a aprovação experimental do medicamento aducanumab. A autorização foi feita pelo Food and Drug Administration (FDA) – agência reguladora dos EUA equivalente à Anvisa, no Brasil, que desde 2003 não aprovava medicação nenhuma para a doença.
Mas você sabe como age essa doença? Quem convive com pessoas em estágios mais avançados do Alzheimer, conta que a sensação é de estar perdendo aos poucos o indivíduo. “Percebo como se a minha mãe está nos deixando a cada dia”, relata a jornalista Edna Gomes, ao narrar a ação do Alzheimer na saúde mental da sua mãe de 83 anos. De acordo com a ciência, a doença tem evolução lenta, começa com perda de memória e termina com danos cerebrais graves no paciente.
Até o momento, a literatura médica não descobriu o que realmente causa o Alzheimer. Apenas são indicadas medidas consideradas preventivas para retardá-la, mas não há como evitá-la, segundo a neurologista Jerusa Smid, que coordena o Departamento Científico de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia (ABN).
Uma pesquisa publicada na renomada revista cientifica “The Lancet”, no ano passado, apontou que há mais incidência de casos de demência, incluindo Alzheimer, em negros, asiáticos, grupos minoritários e populações pobres. Assim, a desigualdade social e econômica, que envolve pobreza e discriminação racial, também foram inclusas como fatores de risco, sobretudo para essas populações.
O estudo destacou também medidas preventivas no tratamento e cuidados em casos de demência. Dentre os quais, o consumo excessivo de álcool, o sedentarismo, o tabagismo e a alimentação pobre em nutrientes. De acordo com o texto, pode aumentar o risco de obesidade, diabetes e hipertensão, o que seriam os principais fatores de risco.
Droga americana
Porém, a aducanumab foi desenvolvida para pacientes com deficiência cognitiva leve. O intuito é conseguir retardar a progressão da doença e não apenas aliviar os sintomas. A farmacêutica Biogen, em parceria com o japonês Eisai, desenvolveu a droga que é administrada por meio de infusão intravenosa.
Porém, existem fatores controversos acerca da droga, que ainda precisam ser esclarecidos. Como os que envolvem resultados clínicos e de efeitos colaterais, em fase 4 da pesquisa (que testa a medicação em um grupo maior de pessoas).
Dicas para prevenir o Alzheimer (principais ações preventivas, de acordo com a publicação na “The Lancet)