Como a educação sexual pode salvar crianças de casos de abuso infantil
Educação sexual é um termo utilizado para se referir ao processo que busca proporcionar conhecimento e esclarecer dúvidas sobre temas relacionados à sexualidade. Por sexualidade entende-se o conjunto de comportamentos relacionados ao desejo sexual. Este processo de educação sobre sexualidade tem sua importância relacionada à prevenção de diversas situações indesejadas, como doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), […]
Educação sexual é um termo utilizado para se referir ao processo que busca proporcionar conhecimento e esclarecer dúvidas sobre temas relacionados à sexualidade. Por sexualidade entende-se o conjunto de comportamentos relacionados ao desejo sexual. Este processo de educação sobre sexualidade tem sua importância relacionada à prevenção de diversas situações indesejadas, como doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), gravidez na adolescência e experiências sexuais traumáticas.
Educação sobre sexualidade como um programa de ensino nas escolas é, muitas vezes, chamado de orientação sexual, o que pode causar confusão com a ideia de preferência sexual de cada indivíduo.
Educação sexual é tão importante que é assunto de uma das séries da Netflix mais assistidas no Brasil e no mundo. Atualmente em sua segunda temporada, que estreou em 2020, Sex Education se passa em uma escola de ensino médio, no interior da Inglaterra. Um aluno chamado Otis Milburn (Asa Butterfield), cuja mãe é uma renomada sexóloga, começa a dar conselhos e informações em torno do tema a outros alunos, transformando a prática em um negócio com a ajuda de sua colega Maeves (Emma Mackey). O enredo passa por diversos assuntos, como sexo, diversidade, aborto, empoderamento feminino, bullying, inseguranças, desejos e abuso sexual. Tudo isso com muita naturalidade, respeito e sem clichês.
Fazer sexo sem orientação não leva apenas à gravidez precoce. Outro problema é a maior exposição a doenças sexualmente transmissíveis (ISTs). Segundo a ONU, uma menina entre 15 e 19 anos é infectada com o vírus HIV, causador da aids, a cada três minutos no mundo. E não são só elas que estão incluídas nas doenças: os meninos também. De acordo com o Ministério da Saúde, a taxa de rapazes de 20 a 24 anos com aids cresceu 133% entre 2007 e 2017.
Educar de maneira correta como nova geração aumentaria ainda a consciência da importância do consentimento durante a vinculação sexual. Em 2017 e 2018 foram registrados um total de 127.585 estupros no país, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Desses, 63,8% ocorreram em menores de 14 anos. É claro que, na maioria das vezes, esses crimes não dependem do consentimento da criança – são simplesmente atos violentos e de abuso. Mas educar os pequenos para que eles conheçam sua sexualidade pode ser útil para que eles saibam reconhecer essas hipóteses tipo e procurem ajuda.