CPI convoca deputado Ricardo Barros e ex-diretor da Saúde
Foram aprovadas as convocações de 21 pessoas, no total.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia do Senado aprovou, nesta quarta-feira (30/06), as convocações de 21 pessoas. Na lista, estão o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), e o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias. A portaria de exoneração de Dias foi publicada na edição de desta quarta-feira (30) do Diário Oficial da União.
A convocação de Barros, marcada para o dia 8 de julho, foi motivada pelo depoimento do deputado Luís Miranda (DEM-DF) ao colegiado na semana passada. Na ocasião, o parlamentar afirmou ter avisado o presidente Jair Bolsonaro sobre suspeita de corrupção nas negociações para compra da vacina Covaxin, produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech. O presidente teria citado Barros como alguém envolvido no caso. O parlamentar nega envolvimento.
Ainda de acordo com o cronograma aprovado hoje, o deputado Luís Miranda voltará à CPI na próxima terça-feira (6). Desta vez, em reunião secreta do colegiado, ele deverá dar detalhes aos senadores sobre uma afirmação feita por ele, à revista Crusoé, de que teria recebido proposta de propina para não atrapalhar as negociações para a compra da vacina Covaxin.
A CPI da Pandemia também vai ouvir, no dia 7, Roberto Dias. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o então diretor do Ministério da Saúde teria tentado negociar propina de US$ 1, por dose, na aquisição de 400 milhões de imunizantes.
Próximos depoimentos
Amanhã (1º) será a vez de o dono da Precisa Medicamentos, Francisco Emerson Maximiano ser ouvido pela CPI. A empresa é a intermediária entre o governo federal e o laboratório indiano Bharat Biotech na aquisição do imunizante Covaxin.
Na sexta-feira (2) está marcada a oitiva de Luiz Paulo Dominguetti, da Davati Medical Supply. Foi ele que falou ao jornal Folha de S.Paulo sobre a suposta cobrança de propina para a compra de vacinas por parte do governo federal. Segundo o jornal, Dominguetti disse que apresentou proposta para vender a vacina AstraZeneca ao governo por US$ 3,50 a dose, e que o então diretor de Logística do Ministério da Saúde teria proposto superfaturar o valor das vacinas em US$ 1 por dose para fechar o acordo.