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sábado, 23 de novembro de 2024
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História

Além de Lázaro, relembre 7 fatos de Goiás que repercutiram no Brasil e no mundo

O mais recente caso do foragido Lázaro Barbosa, de 32 anos, morto em confronto com a polícia, após 20 dias de fuga, ganhou destaques da imprensa nacional e também pelo mundo. Mas, antes desse caso, outros sete fatos ocorridos em Goiás tiveram repercussão na imprensa brasileira e internacional. Em 1987, o acidente com o Césio-137 […]

Postado em 4 de julho de 2021 por Nielton Soares
Além de Lázaro
A imprensa de fora do estado cobriu a morte de Cristiano Araújo

O mais recente caso do foragido Lázaro Barbosa, de 32 anos, morto em confronto com a polícia, após 20 dias de fuga, ganhou destaques da imprensa nacional e também pelo mundo. Mas, antes desse caso, outros sete fatos ocorridos em Goiás tiveram repercussão na imprensa brasileira e internacional.

Em 1987, o acidente com o Césio-137 recebeu cobertura de quase todos os veículos de comunicação da época. Nove anos depois, os jornais pelo país estamparam o caso Pareja nas manchetes. Após dois anos, o Brasil parou para acompanhar o sequestro de Wellington Camargo, irmão da dupla sertaneja Zezé de Carmago e Luciano. E se passando mais de uma década, a queda de um helicóptero matando oito pessoas, sendo sete policiais civis, chocou o Brasil.

Há sete anos, assassinatos em séries de garotas, moradores de rua e, na sequência, a prisão de Tiago Henrique, considerado serial killer, foram acompanhados de perto por jornalistas de outros estados e do estrangeiro. Assim também ocorreu com a notícia da morte do cantor Cristiano Araújo, aos 29 anos, um ano depois. Em 2017, a tragédia do Colégio Goyases, em Goiânia, onde dois alunos foram mortos e quatro ficaram feridos por disparos feitos por um colega de classe, repercutiram fora do jornalismo goiano.  

“Brilho azul”

Era 13 de setembro de 1987, quando catadores de sucatas encontraram uma máquina abandonada no prédio do antigo Instituto Goiano de Radioterapia (IGR) e levaram para um ferro-velho, não imaginavam que abrindo ela, eles desencadeariam o segundo maior acidente radioativo da história mundial, em Goiânia. A primeira tragédia registrada ocorreu na usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986.

Oficialmente, na Capital, foram registradas quatro mortes causadas pelo Césio-137. A primeira delas foi a filha do funcionário do ferro-velho, Ivo Alves Ferreira, Leide das Neves Ferreira, de 6 anos, em 23 de outubro daquele ano. No mesmo dia, Maria Gabriela Ferreira, de 37 anos, esposa de outro funcionário. E dois dias depois, outros dois funcionários do ferro-velho, Israel Batista dos Santos, de 20 anos, e Admilson Alves de Souza, de 18 anos. Todos foram sepultados com caixão revestido com chumbo para evitar a propagação da radiação.

A descoberta de que se tratava de um vazamento de uma substância radioativa veio 16 dias depois da máquina ser encontrada. Em 29 de setembro, um físico que visitava a cidade detectou a radiação por aparelho. A região precisou ser evacuada, o que causou muito pânico e desespero dos goianienses.  

Wellington Camargo

Em 1998, o país acompanhou apreensivamente a negociação do sequestro de Wellington Camargo, irmão da dupla sertaneja Zezé de Camargo e Luciano, que durou por meses. Em 13 de março, os sequestradores enviaram a uma emissora de TV um pedaço da orelha de Wellington e um bilhete, pressionando a família para pagar o resgate. No dia 20 de março, a família pagou US$ 300 mil e no dia seguinte, Wellington foi deixado dentro de um buraco, a 150 metros de uma estrada, entre Goiânia e Guapó, na região Metropolitana, sendo encontrado por um motociclista. Três dias depois, sete dos 10 acusados do crime foram presos em Mato Grosso do Sul.

Pareja

O ano era 1996, quando o criminoso Leonardo Pareja, de 22 anos, desafiou a polícia e as autoridades goianas. Ele chegou a liderar uma rebelião no sistema prisional de Aparecida de Goiânia, fazendo refém até o então presidente do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO). Após muito tempo de negociações, Pareja deixou o presídio, e passou a ser procurado, sendo morto por um dos próprios comparsas.

Queda de helicóptero mata 7 policiais

Em 8 de maio de 2012, sete policiais e um suspeito de cometer uma chacina estavam a bordo de um helicóptero que caiu, matando todos os tripulantes. Eles voltavam para Goiânia após a reconstituição do crime na cidade de Doverlândia.

Na tragédia, morreram o superintendente da Polícia Judiciária de Goiás, o delegado Antônio Gonçalves Pereira dos Santos; os delegados Bruno Rosa Carneiro, Osvalmir Carrasco Melati Júnior, Jorge Moreira da Silva e Vinícius Batista da Silva;  os peritos criminais Marcel de Paula Oliveira e Fabiano de Paula Silva; além do principal suspeito do crime, Aparecido de Souza Alves, 22 anos.

Cristiano Araújo

No dia 24 de junho de 2015, Goiás e o Brasil se comoveram com a morte do cantor sertanejo Cristiano Araújo, de 29 anos, e da namorada dele, Allana Coelho Pinto de Moraes, de 19. Os dois morreram após sofrer um acidente de carro na BR-153, entre Morrinhos e Pontalina.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o sertanejo voltava de um show em Itumbiara, no sul do estado, por volta das 3h30, quando o veículo em que o cantor, a namorado e o motorista estavam, um Range Rover, saiu da pista e capotou.

Serial killer

Desde 14 de outubro de 2014, está preso o vigilante Tiago Henrique, que ficou conhecido no Brasil e no mundo como o serial killer de Goiás. Antes, uma série de assassinatos aleatórios assustou Goiânia e toda a região Metropolitana. Tiago é acusado de cometer mais de 30 assassinatos, sendo a maioria contra mulheres.

Colégio Goyases

Em 20 de outubro de 2017, um tiroteio em um colégio matou dois alunos e feriu outros quatro. Um aluno entrou armado na instituição e disparou à queima roupa contra os colegas. Morreram no local, os estudantes João Vitor Gomes e João Pedro Calembo, ambos de 13 anos.

E foram baleados Hyago Marques, na época com 13 anos, Isadora de Morais, também com 13, Lara Fleury Borges, 14 e Marcela Macedo, 13. Já o garoto, de 14 anos, apontado como autor do ataque, foi condenado a três anos de internação.

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