A “auto escola” de investimentos
Confira o artigo, desta segunda-feira (05/07), por Marco Antônio
Estamos vivenciando um crescimento acelerado de novos investidores no Brasil. Atualmente somos mais de 3,6 Milhões comparados com 800 mil em 2018. Apesar de mais do que quadruplicar o número de CPFs cadastrados na bolsa em 3 anos, esse número ainda representa menos de 2% da população nacional.
A tímida bolsa brasileira, advém do medo da população em perder seu dinheiro na renda variável somado a desinformação sobre investimentos. Porém ao longo dos anos surgiram soluções para facilitar a entrada de novos investidores e desmistificar a dificuldade de operar na bolsa de valores, os simuladores foram ótimos cases dessas iniciativas.
Encarar os desafios da realidade muitas vezes é assustador. A grande maioria das pessoas procuram se preparar previamente para diminuir a tensão e estar mais preparado na hora de provar a sua habilidade. Alunos se preparam com cursinhos, músicos com ensaios, atletas com treinos. Quando se trata de um assunto tão delicado como as finanças pessoais de cada um, não poderia ser diferente, dessa forma essas plataformas mudaram a vida de milhões de brasileiros.
Assim como é inconsequente dar um carro para um motorista sem experiência no volante, a chance de um novato “pilotar” um home broker e conseguir fluir bem dentre tanta informação é quase nula. Como todo bom simulador, espera-se passar uma experiência realista, porém sem os riscos.
Em uma época com 550 mil investidores na bolsa, existiam mais de 800 mil pessoas brincando de investir em simuladores. Grandes sucessos como Folhainvest e UOL Invest, foram escolas para muitas pessoas que hoje estão inseridas no mercado de ações. Com premiações singelas como tablets e cursos, conseguiram atrair milhares de usuários para conhecer a BOVESPA.
O Fundador da Méliuz, uma das maiores startups do Brasil, admite em seu livro que “o que começou com uma brincadeira, acabou me rendendo frutos”, ao comentar de quando utilizou a plataforma da Folha de São Paulo, e hoje é CEO de uma fintech que movimenta milhões de reais.
Mais recentemente iniciativas ligadas a grandes bancos como a Leadr (Xp) e a Vexter (Genial) trouxeram juntas mais de um milhão de usuários para a suas plataformas. As plataformas se tornaram mais amigáveis e intuitivas ao usuário e premiações exorbitantes conquistaram todo esse público.
Atualmente novas startups surgiram para ajudar esse público iniciante no mercado financeiro. A Bullseye apresenta o simulador completo de investimentos, com as cotações em tempo real e com uma plataforma intuitiva e gamificada. A startup garante uma imersão completa do que seria o mais próximo de se investir em renda variável. Os métodos utilizados pela empresa se tornam ideal para ser a porta de entrada dos futuros investidores do Brasil.
Apesar dessas ferramentas ajudarem muito, vale ressaltar que a simulação é diferente da realidade e é interessante começar a investir pequeno e ir aprendendo cada vez mais.