Caso Lázaro: carta menciona chacina e possível organização criminosa
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) de Goiás compartilhou nesta segunda-feira (05/07)novas informações sobre a investigação acerca de Lázaro Barbosa, foragido que foi morto em confronto com a polícia na última semana (28/06) em Cocalzinho de Goiás. De acordo com o órgão, a Polícia Civil do estado está averiguando a participação de outras pessoas nos […]
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) de Goiás compartilhou nesta segunda-feira (05/07)novas informações sobre a investigação acerca de Lázaro Barbosa, foragido que foi morto em confronto com a polícia na última semana (28/06) em Cocalzinho de Goiás.
De acordo com o órgão, a Polícia Civil do estado está averiguando a participação de outras pessoas nos crimes atribuídos a Lázaro, não descartando a possibilidade de existir uma organização criminosa de que ele fosse integrante.
Essa teoria é corroborada pelo dinheiro encontrado com o corpo e pelo abrigo que teve durante as buscas, com local para dormir, se alimentar e até mesmo usar a internet. A polícia acredita que esses fatores indicam que estava sendo preparada uma fuga para o suspeito.
Uma carta que estava com ele no momento da captura reforça essa hipótese. Nela, Lázaro relata a falta de munição, e pede que sejam entregues mais balas “de 38 e 380”. “Eu já tenho 35 munições de 380 naquele barraco em que eu estava”, diz ele.
Nas primeiras linhas, ele escreve que “antes de eu enquadrar, a vítima ainda conseguiu avisar uma pessoa, que quando eu vi já foi só os tiros”, provavelmente citando a chacina de Ceilândia, em que ele matou uma família e sequestrou uma mulher. Um dos filhos do casal teria conseguido se esconder debaixo da cama e pedir ajuda antes de se ser encontrado.
“[…] não vou me entregar, pois além do caso [ilegível] tem muita coisa que estão querendo colocar pra [ilegível] mim, e eles estão me caçando como se caça veado. Já tive dois confrontos com eles e estou zerado de munição”, escreve ele em relação a polícia. “Se eu não arrumar comprado, eu vou ter que ir atrás, e pode morrer mais gente. Isso não pode acontecer, eu só quero que eles não cheguem perto de mim, que são muitos e ‘tão só pra matar”.