O vandalismo no retorno das manifestações de rua
Confira o artigo, desta terça-feira (13/07), por José Ricardo Bandeira
O ser humano, quando em grupo, tende a expressar sentimentos e reações que sozinho não o faria e, movido por um inconsciente coletivo, alguns grupos tendem a se exceder em seus protestos.
Começo este pequeno artigo com a afirmação de que qualquer ato de violência e agressão não deve ser tolerado nem incentivado, pois somos pessoas evoluídas, que vivemos e queremos uma sociedade melhor não só para nós, como também para o nosso próximo. Porém, mesmo aquilo que não toleramos merece uma explicação racional e um estudo científico.
Com a volta das manifestações populares as ruas, começamos a assistir atos de vandalismo praticados por alguns grupos e devemos fazer uma análise dos fatos e atos perpetrados.
O ser humano, quando em grupo, tende a expressar sentimentos e reações que sozinho não o faria e, movido por um inconsciente coletivo, alguns grupos tendem a se exceder em seus protestos, com a destruição de símbolos que para esses grupos e uma parte da sociedade representam o “inimigo”. Assim, movidos por esses sentimentos inconscientes, esses indivíduos renunciam a sua condição de “ser civilizado”, e começam a descer na cadeia evolutiva humana.
Ao adotar práticas violentas, esses grupos desencadeiam um efeito colateral, se tornando mais primitivos e agressivos, e seus atos praticados extrapolando os limites sociais, passando os mesmos a praticar atos de saque contra lojas e destruição do patrimônio particular, sendo o ápice da involução a transformação desses grupos em tribos primitivas que, como não poderia deixar de ser, com o passar do tempo passam a comemorar as suas “vitorias” em volta de uma fogueira dançando e queimando os troféus da destruição.
Nota-se que os principais alvos desses grupos são: os prédios do Executivo e do Legislativo (símbolos da impunidade e da corrupção), instituições Bancárias (símbolos do capitalismo), Ônibus (símbolos da exploração e do descaso para como os trabalhadores), pardais de trânsito (símbolos da indústria de multas e da arrecadação governamental) e a Polícia (símbolo da repressão e arma do governo par impedir o exercício da cidadania). Nota-se também que esses vândalos não atacam/destroem estruturas como hospitais, escolas, postos de saúde, creches, maternidades, igrejas e bibliotecas.
Infelizmente os críticos políticos que classificam e crucificam esses atos não se preocupam sequer em explicar este fenômeno, a n t r o – pológico e sociológico, chamando simplesmente de “Vândalos” e de “Vandalismo” os mesmos atos que quando praticados em manifestações no exterior, são chamados por eles próprios de “Revolução” e “Revolucionários”.