O pastor Joaquim Gonçalves Silva, suspeito de crimes sexuais contra fiéis da igreja Tabernáculo da Fé de Goiânia, morreu em consequência da Covid-19, na madrugada desta segunda-feira (2/8), aos 85 anos, após uma parada cardíaca.

Joaquim estava internado desde 23 julho, quando testou positivo para o vírus. Após alguns dias de tratamento, o quadro se agravou e evoluiu para problemas cardíacos.

Já em relação às acusações do religioso, o processo corre em segredo de Justiça. Já o advogado Osemar Nazareno Ribeiro, que representa o pastor na Justiça, disse, segundo o G1 Goiás, que todas as acusações são inverídicas e acredita no arquivamento da investigação.

Relembre

De acordo com informações divulgadas, mulheres que preferiram não se identificar, afirmaram que os abusos aconteceram em momentos de fragilidade, quando elas foram pedir conselhos ao religioso. As vítimas afirmam ainda que, após terem sido abusadas, foram chantageadas a não contar para ninguém ou seriam “amaldiçoadas”.

Os casos de abuso teriam acontecido entre 2002 e 2021. No caso mais recente, uma adolescente de 17 anos relatou em um vídeo publicado nas redes sociais que, em janeiro deste ano, o pastor chegou a beijá-la quando ela esteve em seu escritório pedindo ajuda sobre o seu casamento, que estava em crise.

Após ser encorajada a denunciar, a adolescente registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Goiânia, em 26 de março deste ano. Além disso, outros três casos foram registrados entre janeiro e abril deste ano na Polícia Civil, desta vez na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam).