Pesquisadoras da UFG monitoram carga viral de Covid-19 no esgoto de Goiânia
A carga viral do Covid-19 têm se mantido elevada, de acordo com as cientistas.
O Sars-Cov-2 tem sido monitorado nas caixas residuárias de Goiânia por pesquisadoras da Universidade Federal de Goiás (UFG), em projeto com parceria da Saneago. Desde maio deste ano, são coletadas amostras na Estação de Tratamento do Esgoto (ETE) Doutor Hélio Seixo de Brito, por onde passam 70% do esgoto gerado na capital.
A carga viral do Covid-19 têm se mantido elevada, de acordo com as cientistas. Semanalmente, a concentração é analisada e os resultados são usados para prever queda ou aumento do número de casos de infecção por coronavírus no município. A correlação pode ser observada com dados clínicos, afirma a professora da UFG e coordenadora do projeto, Gabriela Duarte.
Segundo o levantamento, “não houve grande variação entre as semanas avaliadas, assim como não houve variação na média móvel de 14 dias dos casos clínicos em Goiânia, no mesmo período”.
“Normalmente o paciente excreta o vírus pelo esgoto antes de realizar o diagnóstico. No esgoto, a carga viral sobe primeiro do que nos dados clínicos. Então, monitorar a carga viral presente em águas residuárias é uma maneira de planejar e nortear as ações de saúde pública”, afirma a professora.
“Nessas últimas três semanas observamos uma ligeira tendência de queda, mas ainda com a carga viral elevada. Não variou muito, o índice manteve-se alto, assim como os dados clínicos em Goiânia”, disse a pesquisadora Geovana de Melo Mendes.
Com Secom UFG