Força e sensualidade na música
Lary procurou selecionar canções que fazem parte dela, como a liberdade da mulher e a sensualidade.
A cantora niteroiense Lary lançou na última sexta-feira (6), o seu primeiro álbum de estúdio da carreira chamado ‘Só o que eu tô a fim’. Com 10 faixas totalmente autorais e colaborações de peso, como Gabriel O Pensador, Clau, LK 3030, Lourena e Chris MC, ela promete mostrar sua sonoridade e personalidade musical, que passeia entre o Pop, o Rap e o R&B. Como single principal, vem a track ‘Slow’ que ganhou também um videoclipe cheio de atitude e dança.
Em uma coletiva de imprensa, na qual o Essência esteve presente, a artista confessou que a ideia de produzir o álbum surgiu durante a pandemia. Ela utilizou a composição como uma válvula de escape para poder enfrentar esse período complicado e acabou montando um compilado de músicas que poderiam ser usadas no projeto. O resultado deste processo acabou sendo o mais importante de sua carreira, já que surgiu após uma grande evolução profissional e pessoal.
As letras das faixas falam sobre a força de correr atrás dos objetivos, empoderamento feminino, vulnerabilidades, lifestyle, curtição, além de muita sensualidade, marca registrada da cantora. “Há cinco anos eu começava meu sonho de cantar profissionalmente, mas sabia que precisava amadurecer. A arte de compor foi, talvez, a principal ferramenta para me descobrir artisticamente e, isso me abriu portas”, conta.
Para dar mais sentido ao enredo do disco, Lary também preparou dois áudios denominados ‘áudio’ e ‘outro áudio’ que funcionam como interlúdios, trazendo mensagens pessoais e profundas. “É uma grande conquista pra mim. O meio da música envolve muitas expectativas e frustrações, e é preciso trabalhar isso o tempo todo na nossa cabeça para que tudo continue fluindo”, diz Lary.
Lary também enfatiza que ser mulher nesse contexto é ainda mais difícil. “O tempo inteiro precisamos estar provando a nossa capacidade de conquistar o que queremos. O tempo inteiro estamos sendo assediadas. Não temos o mesmo espaço que os homens, nem o mesmo reconhecimento. É uma luta diária que envolve muita cobrança, interna e externa. E “Só o que eu tô a fim” é a forma de mostrar pro mundo parte do meu sonho. É minha maneira de tocar as pessoas com tudo o que aprendi durante a minha vida”.
Parcerias
O primeiro disco da artista carrega a assinatura de diversos produtores; Paiva, responsável por 60% de toda a produção, Malak, produtor oficial do Poesia Acústica, Velho Beats, da Isso que é som de Rap, Lk 3030, que produziu e participou de um dos singles e o Nine, que assina a faixa preferida da cantora. O nome do álbum acompanha o amadurecimento artístico da Lary, que após experimentar diferentes gêneros musicais, realizar projetos com grandes empresários e colaborar com importantes cantores, se descobriu como artista independente do R&B Pop.
Clau e LK 3030 se uniram a carioca na faixa ‘Mina Bandida’, segundo single lançado do álbum. Juntos, eles preparam um clipe com uma superprodução no estilo cinematográfico. A união dos três cantores que transitam entre o pop, o rap e o R&B, resultou em uma música que surpreendeu, não só os fãs, mas os próprios artistas.
“Quando terminamos de pré-produzir a música, a gente ficou amarradão com o resultado, não conseguíamos parar de ouvir o som. Foi um processo bem dinâmico, chegamos no estúdio com a música toda pronta, só faltava meu verso, finalizamos ali na hora com algo meio melódico, meio rap. Foi uma experiência muito foda. O clipe nem se fala, foi uma parada de outro mundo pra mim”, disse LK.
“Realmente foi muito dinâmico e bem rápido. Ela me chamou, mostrou a música e já gravei. Eu amo quando acontece assim, porque não tem aquela coisa de ter que ficar esperando, com o coração ansioso pra sair. Fluiu super bem e a música ficou uma delícia, o clipe também marcou todos nós, foi muito divertido gravar”, completou Clau. (Especial para O Hoje)