Somente 25% das grávidas de Goiânia tomaram a 1ª dose
A Capital tem aproximadamente 20 mil mulheres grávidas e pouco mais de 4.997 gestantes procuraram se imunizar
Goiânia tem registrado baixa adesão de vacinação contra a Covid-19 em grávidas. Somente 25% desta parcela da população se imunizou contra a doença, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A Capital tem aproximadamente 20 mil mulheres grávidas e, desse quantitativo, pouco mais de 4.997 gestantes procuraram se imunizar com a primeira dose e pouco mais de 1,6 mil completaram o esquema vacinal.
Para esse público específico, a Prefeitura de Goiânia disponibilizou a UPA Jardim América, localizada na Praça C-201, no Jardim América, como unidade referência e o horário de atendimento no local é de segunda a sexta-feira das 8h às 17h.
“Esse número [de grávidas imunizadas] ainda é muito baixo e precisamos que as grávidas e puérperas residentes na capital goiana vão até ao local de vacinação para tomar a primeira dose da vacina contra a Covid-19”, solicita o secretário de Saúde de Goiânia, Durval Pedroso, acrescentando que a SMS reservou as doses para este grupo que é prioritário.
Conforme o secretário, como as gestantes e puérperas precisam receber as vacinas que não contenham vetor viral, como determina nota informativa da Secretaria Estadual de Saúde (SES) de número 13/2021, Goiânia tem priorizado que elas recebam os imunizantes da Pfizer ou da Coronavac. As que receberam a primeira dose da Astrazeneca, conforme a nota informativa, podem receber a segunda dose, após o intervalo habitual preconizado, preferencialmente com a vacina da Pfizer, e nos locais onde não estiver disponível, com a Coronavac.
“A vacinação deste grupo está sendo facilitada exigindo somente a comprovação da gestação ou do nascimento do bebê, além de residência em Goiânia”, conta Durval Pedroso, que lembra ainda que a vacinação das gestantes e puérperas significa proteção para a mãe e para o bebê. “Toda proteção que o recém-nascido precisa e a criança nos primeiros meses de vida virá da vacina recebida pela mãe”, enfatiza.
Risco de morte
Além disso, as grávidas têm maior risco de morte caso sejam infectadas pelo coronavírus durante a gestação e a vacina pode ser feita em mulheres grávidas em qualquer período gestacional. Dados de Goiânia mostram que em 2020, dos 14 óbitos ocorridos de gestantes, 10 foram relacionados à Covid-19. Neste ano, dos 25 óbitos, 15 têm relação com o coronavírus.
“É importante que a mulher que está grávida ou no puerpério busque o serviço para garantir o máximo de proteção contra a Covid-19”, frisa Durval, ao sublinhar que as mulheres que se vacinaram contra a Influenza devem cumprir o intervalo de 15 dias para receber a vacina contra a Covid-19. Estudos demonstram que a vacina também oferece a possibilidade destas grávidas transferirem anticorpos para seus filhos.
Absurdo
O presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (AHPACEG), Haikal Helou, estranha o fato da baixa adesão de grávidas para imunização e a quantidade de pessoas escolhendo as vacinas pela marca. “Goiás está com um índice baixo de grávidas, eu não consigo entender, nós tivemos grande complicações com gestantes na primeira e segunda onda e o hoje elas não procuram. Pessoas fazendo escolhas de vacinas, um absurdo”, pontua.
Acima de 28 anos
A Prefeitura de Goiânia mantém a aplicação de primeira dose da vacina contra a Covid-19 em pessoas acima de 28 anos de idade, sem comorbidades, e de grupos prioritários que realizaram o agendamento, já preenchido, pelo aplicativo e site da prefeitura em 25 pontos. A estratégia de vacinação inclui também o drive-thru do shopping Passeio das Águas, localizado na região Norte da cidade, com a distribuição de 2 mil senhas por demanda espontânea.
Para a aplicação da segunda dose, o atendimento é por demanda espontânea e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) disponibiliza oito pontos de vacinação para as pessoas que receberam a primeira dose das vacinas Astrazeneca, Coronavac e Pfizer, além do Ciams Dr. Domingos Viggiano, que está disponível às gestantes e puérperas (mulheres com até 45 dias após o parto) para primeira e segunda doses e idosos com dose em atraso da Coronavac. (Especial para O Hoje)