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sábado, 23 de novembro de 2024
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Corrupção

PF investiga atuação de lobistas para favorecer empresa no DAIA

Na manhã desta terça feira (24/08), A Polícia Federal (PF) deflagrou a operação DAIA, com o objetivo de aprofundar as investigações referentes à atuação de lobistas que favoreciam uma empresa operadora de portos secos, no âmbito do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT. As investigações da PF apontam que, desde que venceu a […]

Postado em 24 de agosto de 2021 por Pedro Jordan
PF investiga atuação de lobistas para favorecer empresa no DAIA
Operação Daia reprime esquema de corrupção e tráfico de influência no DNIT. Foto: reprodução

Na manhã desta terça feira (24/08), A Polícia Federal (PF) deflagrou a operação DAIA, com o objetivo de aprofundar as investigações referentes à atuação de lobistas que favoreciam uma empresa operadora de portos secos, no âmbito do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT.

As investigações da PF apontam que, desde que venceu a licitação promovida pela Receita Federal para exploração do Porto Seco de Anápolis, em Goiás, a empresa passou a enfrentar problemas na fase de habilitação em relação ao terreno apresentado por ela para a construção do Porto Seco de Anápolis. Para superar essas dificuldades, a PF afirma que a empresa contratou lobistas para viabilizar a aquisição de um terreno do DNIT situado no Distrito Agroindustrial de Anápolis – DAIA por um preço bem abaixo do valor de mercado.

De acordo com a PF, os agentes cumprem 14 mandados de busca e apreensão, em Goiás, Tocantins, São Paulo e no Distrito Federal. A Justiça Federal também determinou o bloqueio de valores nas contas dos investigados, além do afastamento de servidores públicos de suas funções. A investigação contou com a colaboração da Subsecretaria de Conformidade e Integridade do Ministério da Infraestrutura.

Ainda segundo a investigação, os lobistas utilizaram-se supostamente do pagamento de propina para arregimentar servidores públicos do DNIT, que passaram a cuidar dos interesses da empresa junto à autarquia. A avaliação do terreno foi realizada pelo DNIT por 11 milhões, bem abaixo do valor de mercado de 44 milhões, conforme perícia realizada pela Polícia Federal.

Os envolvidos responderão pelos crimes de peculato, corrupção ativa e passiva, tráfico de influência e associação criminosa. Entramos em contato com o DNIT para ouvir sua versão e defesa sobre as acusações, mas em nenhum dos telefonemas realizados fomos atendidos até o fechamento dessa matéria.

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