Estados Unidos atacam militantes do Estado Islâmico em Cabul
Duas testemunhas disseram que a explosão parece ter sido causada por um foguete que atingiu uma casa em uma área ao norte do aeroporto.
Os Estados Unidos realizaram um ataque com míssil contra militantes do Estado Islâmico em Cabul neste domingo (29/08), disseram autoridades norte-americanas, enquanto suas forças no aeroporto da capital trabalhavam para concluir uma retirada que encerrará duas décadas de envolvimento no Afeganistão.
As autoridades, falando sob condição de anonimato, disseram à Reuters que o ataque teve como alvo supostos militantes do ISIS-K, um grupo que é inimigo tanto do Ocidente quanto do Taliban e que foi responsável por um ataque suicida fora dos portões do aeroporto na quinta-feira (26).
O ataque do ISIS-K, um braço do Estado Islâmico, matou pelo menos 90 afegãos e 13 soldados norte-americanos enquanto uma enorme operação de evacuação estava em andamento após a tomada de Cabul pelo Taliban em 15 de agosto.
As autoridades norte-americanas disseram que estavam citando informações iniciais e advertiram que isso poderia mudar.
Imagens de televisão mostraram fumaça negra subindo para o céu, mas não houve nenhuma palavra imediata sobre as vítimas.
Duas testemunhas disseram que a explosão parece ter sido causada por um foguete que atingiu uma casa em uma área ao norte do aeroporto, mas não houve confirmação imediata.
O ataque dos EUA ocorreu enquanto cerca de 1.000 civis esperavam no aeroporto para serem retirados antes da partida das últimas tropas, disse um oficial de segurança ocidental à Reuters.
“Queremos garantir que todos os civis estrangeiros e aqueles que estão em risco sejam evacuados hoje. As forças começarão a voar assim que esse processo terminar”, disse a autoridade.
O presidente dos EUA, Joe Biden, disse que cumprirá o prazo para retirar todas as tropas dos EUA do Afeganistão até terça-feira. Uma autoridade dos EUA disse à Reuters no sábado que menos de 4.000 soldados permaneceram no aeroporto.
Os Estados Unidos e seus aliados retiraram cerca de 114.400 pessoas – estrangeiros e afegãos vulneráveis - do país nas últimas duas semanas, mas dezenas de milhares que quiserem ir ficarão para trás.