Sorriso largo e a sensação do dever cumprido, ao ajudar o Brasil a ficar muito próximo das semifinais do torneio feminino de vôlei sentado das Paralimpíadas de Tóquio. Foi com esse estado de espírito que Luiza Fiorese comemorou a vitória da seleção brasileira sobre o Japão, por 3 sets a 0 (25/13, 25/16, 25/16 ), em 1h09 de jogo, na manhã deste domingo (29), no Complexo Makuhari Messe, na capital japonesa.

“Era um jogo que a gente esperava vencer. Entramos com muita seriedade, a equipe foi muito obediente taticamente e o jogo acabou fluindo. O professor (técnico Antônio Guedes) também se sentiu confortável em colocar as novatas pra jogar, foi tudo muito bem planejado e pensado. Foi um momento maravilhoso pra mim”, comenta Luiza.

O tranquilo triunfo sobre as donas da casa foi um contraste em relação à estreia da equipe na competição, na última sexta-feira, quando o Brasil venceu uma verdadeira batalha contra o Canadá, por 3 sets a 2, em quase três horas de partida. Neste jogo, Luiza, estreante em competições oficiais pela seleção, ficou pouco tempo em quadra, mas diante do Japão, ela celebrou a participação mais efetiva na vitória.

“Na sexta entrei só pra sacar, foi incrível como estreia. Mas hoje poder realmente jogar, colocar em prática tudo o que eu fiz até aqui me fez lembrar de tudo o que eu abri mão, pra treinar, pra evoluir. Quando o professor me chamou, eu fui tranquila. É uma Paralimpíada, uma grande competição, mas eu sabia que eu estava preparada para isso. Estou feliz em fazer essa estreia e a gente tem muita coisa boa pela frente ainda”, avalia Luiza.

Agora, a seleção faz o último jogo da fase de classificação em busca do primeiro lugar do grupo A, na terça-feira (31), às 22 horas (de Brasília), contra a Itália, com transmissão ao vivo pelo SporTV 2. A equipe lidera a chave com duas vitórias, contra uma de Itália e Canadá, que neste domingo bateu as italianas por 3 sets a 1 (25/16, 25/14, 15/25 e 25/18).

“Nosso principal foco é passar em primeiro na chave, era o nosso objetivo desde quando a gente

chegou aqui. É o caminho mais simples para chegar a tão sonhada final. Então é muito importante entender, ser obediente taticamente, fazer o que foi proposto, fazer o que a gente pensou desde o início”, aponta Luiza.