“Está insatisfeito comigo? Tem eleição no ano que vem, é só mudar”, diz Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nessa segunda-feira (27/09) a apoiadores que quem estiver insatisfeito com o governo dele, que faça a mudança por meio do voto, na eleição do ano que vem. “Só mudar”. A declaração do chefe do Executivo federal foi feita em frente ao Palácio da Alvorada para simpatizantes do presidente, […]
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nessa segunda-feira (27/09) a apoiadores que quem estiver insatisfeito com o governo dele, que faça a mudança por meio do voto, na eleição do ano que vem. “Só mudar”.
A declaração do chefe do Executivo federal foi feita em frente ao Palácio da Alvorada para simpatizantes do presidente, que transmitiram para canais da militância na internet. A nova aproximação de Bolsonaro aos apoiadores foi marcada por discursos contra o Partido dos Trabalhadores (PT).
“Não posso fazer milagre. Quem quebrou a Petrobras? Quebrou, não, né? Quem arrebentou com a Petrobras foi o PT. Mais de R$ 200 bilhões gastos com refinarias que não aconteceram. A conta para quem bota combustível no carro pagar,” afirmou.
Durante o encontro, o presidente comentou a sucessivas altas nos preços dos combustíveis. Ele adiantou que o preço médio do diesel será reajustado, lembrando que o combustível sofreu aumento há três meses. A última vez que a Petrobras reajustou o preço do diesel foi em 05 de julho deste ano, passando para R$ 2,81 por litro, alta de 3,7%.
ICMS unificado
Bolsonaro votou a comentar sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os combustíveis adotado por cada estado. Ele citou que foi enviado uma ação ao Supremo Tribunal Federal (STF), no início deste mês, para que determine ao Congresso Nacional que fixe, em um prazo de 120 dias, o preço desses impostos para todos os estados.
“A forte assimetria das alíquotas de ICMS enseja problemas que vão muito além da integridade do federalismo fiscal brasileiro, onerando, sobretudo, o consumidor final, que acaba penalizado com o alto custo gerado por alíquotas excessivas para combustíveis – que são insumos essenciais, e, por isso, deveriam ser tratados com modicidade – e com a dificuldade no entendimento da composição do preço final desses produtos”, diz o documento.
Reprovação
O presidente Bolsonaro está no pior índice de reprovação desde o início do mandato. Segundo as últimos pesquisas, o presidente está com 53% de reprovação. “Se o pessoal está insatisfeito comigo – não estou reclamando, não, tá? –, tem eleição no ano que vem. Só mudar lá. Não tem outro caminho”, declarou.