Projeto goiano abre programação cultural para artistas de todas as regiões do País
Palhaço Moleza abre todas as apresentações do circuito
As artes cênicas e circenses são destaques da programação do projeto ‘Brasilusão: Uma Ilusão Continental’, que começou no coração do Brasil. Idealizado aqui no Estado, o evento apresentou inicialmente artistas goianos e nesta semana segue para outras regiões. De acordo com a organização, eles propõem para a cena artística nacional uma integração entre as companhias de todos os quatro cantos do País, isso para fomentar e agitar o mercado que foi um dos mais atingidos nesses últimos meses.
Com apoio do Fundo de Arte e Cultura de Goiás, o evento se resume em uma programação online, apresentada de forma gravada e ao vivo. Estes espetáculos contemplam trabalhos de 26 estados e do Distrito Federal, além de 27 apresentações do Palhaço Moleza, nascido em Goiás. A transmissão é realizada pelo canal Maroja Produções no YouTube. Tudo idealizado e colocado em prática pelo artista Diogo Maroja, coordenador do projeto, que também dá vida ao palhaço Moleza.
O circuito Brasilusão se iniciou no dia 1º de outubro com o trabalho de artistas aqui do centro-oeste: Família Santiago Santos (GO), Palhaça Superela (DF) e Palhaço Purunga (MS). Hoje (8), a região encerra sua participação, às 20h, com ‘O Grande Circo do Palhaço Zablim Plim Plim e suas Estripulias’, encenado ao vivo pela Cia Theatro em Cena, do Mato Grosso. A próxima região contemplada no projeto, que segue até novembro, é a Sudeste. A Companhia Circo do Asfalto, originária de São Paulo, traz o ‘Gran Circo Opará’ encenado ao vivo, no dia 13, às 20h.
“A principal ideia do circuito é mostrar um pouco da imensa variedade da produção cultural brasileira, nas artes cênicas, fomentando o intercâmbio entre a cena circense goiana e demais estados do País”, esclarece o artista Diogo Maroja. Segundo ele, originalmente, o ‘Brasilusão: Uma Ilusão Continental’, consistia em um projeto de circulação presencial pelas 27 unidades federativas, iniciando em junho de 2020. As atividades foram virtualizadas em decorrência da pandemia da Covid-19.
Estreando a região sudeste, o Circo Rodado do Paraná, performa o espetáculo ‘Reprises pareadas’, no sábado (9), às 20h. O público vai acompanhar as trapalhadas de uma pequena trupe de palhaços que finge ser um grande circo. Para sustentar esta ilusão, eles se viram como podem representando todas as atrações de que o circo dispõe, do trapézio ao malabarismo, passando pelo atendimento na bilheteria. Tudo ocorre permeado pelas trapalhadas destes palhaços errantes e da sua relação com o público.
O domingo está reservado para a catarinense Cris Villar da Tempestá Produções, que ministra oficina online de produção cultural, às 10h. A atividade tem como objetivo auxiliar artistas na estruturação de kit profissional, de portfólios e de perfis em mídias sociais para que possam se inscrever em festivais, convenções e outras seleções com material de qualidade e linguagem apropriada. A oficina é gratuita e ainda tem vagas disponíveis, as inscrições podem ser feitas pelo e-mail [email protected].
O artista independente Grillo é o representante do Rio Grande do Sul, programado para 15 de outubro, às 20h, com o espetáculo ‘O Incrível Grillo!’. Artista circense de múltiplas habilidades, ele apresenta um “excêntrico musical com interpretação de grandes clássicos da modernidade”. Utilizando dança, bola de contato e bumerangues, filosofa sobre a bolha de sabão, entre outras idiossincrasias. De forma fofa e cômica, Grillo traz ao público experiências de circo clássico e contemporâneo mas, segundo o artista, “a experiência vital do riso”. Abrindo todas as apresentações do circuito, Diogo Maroja, que também é responsável pelo projeto, traz ao público ‘Moleza Leveza na Terra das Ilusões’, sempre às 19h. Premiado em 2015 pelo Fundo Estadual de Cultura de Goiás, o espetáculo narra as peripécias do Palhaço Moleza pela Terra, um planeta onde tudo é ilusório. A produção nada mais é do que uma mistura de palhaçaria que ironiza a dificuldade do homem se manter docemente iludido em um mundo caótico.