Mundial de ginástica: Rebeca Andrade da um espetáculo e garante vaga em três finais
Pouco menos de três meses depois das Olimpíadas de Tóquio, Rebeca Andrade lidera no salto e nas barras assimétricas do Mundial de Ginástica
O ginásio de Kitakyushu vibrava em aplausos a cada apresentação de Rebeca Andrade. Pouco menos de três meses depois das Olimpíadas de Tóquio, a campeã olímpica voltou ao Japão e deu show nas classificatórias do Mundial de ginástica artística.
Nesta madrugada (manhã de terça no Japão), a ginasta de avançou às finais do salto (com 14,800 de média) e na liderança das barras assimétricas (15,100. Ela ainda arrancou o último posto na decisão da trave, com 13,400 pontos, com 100% de aproveitamento.
“Estou muito feliz, porque treinei muito e consegui fazer tudo que me preparei. Estou bastante animada para as finais” afirmou Rebeca.
A ginasta já havia anunciado que não se apresentaria no solo, ficando fora também do páreo do individual geral, prova em que é a atual vice-campeã olímpica. Por ser um aparelho que exige bastante dos joelhos, a ginasta optou por se preservar de olho na caminhada até os Jogos Olímpicos de Paris, em 2024.
A campeã olímpica do salto vai buscar sua primeira medalha em um Mundial justamente em seu principal aparelho, no sábado, às 4h45 da manhã (horário de Brasília). Nesta terça-feira (19/10), às 21h20, Arthur Nory e Caio Souza disputam as classificatórias masculinas em busca de vagas nas finais.
Salto
No voo mais difícil, o Cheng, ela acabou pisando fora da área de aterrissagem e por isso perdeu três décimos, mas ainda tirou um notão: 14,900 pontos. O segundo voo foi um Yurchenko com Dupla Pirueta quase cravado. Só um passinho para trás na chegada, e 14,700 pontos. Com a média 14,800 pontos, se posicionou na liderança e se garantiu na final.
“Meu salto foi melhor que no treino de pódio. Eu estava me sentindo melhor mesmo. Com um pouco mais de tempo, acho que consegui sentir melhor o aparelho e ter um controle melhor na hora. Consegui sentir o meu corpo. Foi muito bom” argumentou a campeã olímpica.
Barras
O show de Rebeca Andrade continuou nas barras assimétricas, aparelho que é seu xodó. Ela cravou a série, e acertou todas as ligações dos movimentos. Vibrou muito e recebeu 15,100 pontos.
“Eu treinei muito, me preparei muito e consegui fazer a série que é considerada difícil nas classificatórias. Estou extremamente feliz” avaliou.
Trave
Rebeca Andrade teve três desequilíbrios médios, mas compensou com uma saída cravada para receber mais aplausos. A nota 13,400 lhe rendeu a última vaga na final, empatando com a japonesa Mai Murakami.
“Na trave acho que poderia ter feito um pouco melhor. São coisas que acontecem, é natural, é do esporte. Eu sou humana, e posso acertar, posso errar” concluiu Rebeca.