A Petrobras admitiu que há risco de desabastecimento de combustíveis no país no próximo mês. Isto é, além das constantes altas dos produtos, os consumidores podem sofrer com a falta de diesel e gasolina nos postos, o que deve aumentar mais os preços.

A justificativa da estatal é que está havendo muita demanda pelos produtos, o que fez aumentar em 20% a procura por diesel e 10% por gasolina, em comparação a igual período de 2019. Na semana passada, a empresa chegou a negar que o Brasil não passaria por escassez de combustíveis.

Na nota à imprensa, a Petrobras cita “demanda atípica” de muitos pedidos para fornecimento de combustíveis a partir do próximo mês, o que teria extrapolado a demanda dos meses anteriores.

“A Petrobras segue atendendo os contratos com as distribuidoras, de acordo com os termos, prazos vigentes e sua capacidade. Além disso, a companhia está maximizando sua produção e entregas, operando com elevada utilização de suas refinarias”, informa o comunicado.

O suposto problema de desabastecimento ocorre no mesmo mês em que estão programadas manifestações e greve de caminhoneiros. A classe marcou atos para 1º de novembro, contra o aumento do diesel e cobrar outras reivindicações.

Escassez

A Associação das Distribuidoras de Combustíveis Brasilcom, que representa mais de 40 distribuidoras regionais de combustíveis, na última sexta-feira (15/10) alertou que houve “uma série de cortes unilaterais nos pedidos feitos para fornecimento de gasolina e óleo diesel”.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) foi comunicada do problema e inicialmente houve a negação pela Petrobras.