Ex-prefeito de Barro Alto e mais três pessoas têm bens bloqueados em R$ 700 mil por MP
Luciano Lucena, Igor Cezanne, e as ex-secretárias de Educação Adriana Araújo de Aragão e Circe Lopes são acusados de improbidade administrativa.
Uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa pedida pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) resultou no bloqueio de bens de ex-prefeito de Barro Alto, Luciano Lucena, e outras três pessoas, num total de R$ 744.704,79.
Segundo a ação, eles estiveram envolvidos no aluguel de um imóvel particular para a prefeitura, assinado sem licitação, avaliação e contraprestação do serviço. Antônio Luciano Batista Lucena e Igor Cezanne Gonçalves Lacerda, que se proclamava proprietário do espaço locado conhecido como Clube do Gato, tiveram seus bens bloqueados em R$ 248.134,96, e as ex-secretárias de Educação Adriana Araújo de Aragão e Circe Olímpio Moreira Lopes estão com R$ 54.996,01 e R$ 193.138,86 de seus bens indisponíveis, respectivamente
O promotor de Justiça Tommaso Leonardi, titular da Promotoria de Barro Alto, sustenta que, entre 2017 e 2020, a prefeitura alugou o Clube do Gato, que estava em nome de Igor Cezanne, mas que, na verdade, pertencia ao pai dele, Antônio Lacerda da Silva, então secretário de Saúde.
O imóvel teria como finalidade abrigar atividades esportivas dos alunos da rede municipal de ensino, o que nunca ocorreu, conforme atestado por testemunhas. O promotor destaca a improbidade pelo fato de a negociação ter sido feita sem o devido procedimento licitatório e qualquer avaliação prévia do imóvel, e pela ocorrência de fraude no contrato com pagamento de valores sem contraprestação.