Sem Ronaldo Caiado (União) na disputa para governador em 2026, todas as atenções se voltam para o tamanho que o MDB e PL vão sair das urnas na eleição para prefeito e vereadores este ano. O desenho que se vê, salvo um acontecimento fora da curva, é o vice-governador Daniel Vilela (MDB) e o senador Wilder Morais (PL) monopolizando a disputa para o Governo de Goiás. Mas antes os dois terão que eleger o maior número de aliados para chegar na estrada das urnas munidos de robusto capital político para medir forças pelo voto. Embora nunca se ouviu publicamente uma frase de Wilder Morais sobre o assunto, ele é, por força das circunstâncias, o candidato de oposição a Daniel Vilela. Eles sabem que precisam vencer em cidades estratégicas como Rio Verde, Jataí, Catalão, Aparecida e tantas outras nos 246 municípios goianos.

Curiosamente, em Anápolis PL e MDB estão juntos na chapa Márcio Corrêa (prefeito) e o médico Walter Vosgrau (vice). Esse será um dos desafios na montagem de alianças na base que, neste caso, será inevitável um racha. Nunca é demais lembrar que, no Brasil, não existem programas partidários e, sim, grupos dentro de uma sigla, cada qual defendendo seus interesses. O PL promete fazer diferente, mas não será tarefa fácil ‘segurar’ vereadores e prefeitos na oposição. Mas como faltam mais ou menos 25 meses para o primeiro turno das eleições majoritárias e proporcionais para presidente da República, governador, senador, deputados federais e estaduais, muitas coisas podem acontecer.

Leandro foca em minicarreatas e reuniões

O embate entre Leandro Vilela (MDB) e Professor Alcides (PL) pela Prefeitura de Aparecida diz à coluna que a vantagem de Alcides nas pesquisas “não pode ser avaliada como voto consolidado”, conta um ex-vereador que conhece bem o eleitorado local. Na avaliação dele, se Leandro mantiver o pique que tem demonstrado, logo a população vai vê-lo como “o candidato de Caiado e Daniel”.

Longe de debates

É consenso no núcleo de apoio do candidato do PL, Professor Alcides, que os debates promovidos pelas emissoras de rádio e TVs não acrescentam nada em termos de votos. “Só servem para alimentar o noticiário negativo para favorecer o candidato oficial”, diz um aliado de Alcides.

Independente não!

Um vereador do MDB de Aparecida disse à coluna que um nome “poderoso” da cidade tem feito ameaças aos candidatos que optarem por fazer uma campanha independente, sem declarar apoio a Leandro Vilela (MDB). As ameaças são de cassação do registro de candidatura e represálias durante o processo eleitoral. A conferir.

‘Guerra evangélica’

Definitivamente, o pastor bolsonarista Silas Malafaia entrou na mira crítica da Assembleia de Deus do Campo de Campinas, comandada pelo bispo Oídes do Carmo. Nessa ‘guerra evangélica’ contra Malafaia, até a senadora do Republicanos, Damares Alves (DF), se posicionou a favor de Vanderlan.

Leitura política

Para os mais atentos, a posição do bispo Oídes vai além de um gesto religioso. O apoio do segmento religioso à candidatura de Vanderlan Cardoso (PSD) a prefeito de Goiânia foi interpretado como resposta por Luiz do Carmo ter sido preterido como candidato ao Senado em 2022.