Com empregos em queda, aparecidenses buscam trabalho em Goiânia; entenda
Aparecida de Goiânia registrou déficit de 534 vagas, segundo Caged
Enquanto Goiás registrou saldo positivo de empregos no mês de setembro, com 6.994 vagas, Aparecida de Goiânia apresentou déficit de 534 vagas com carteira assinada. É o que apontam os dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Neste cenário, se torna fácil encontrar quem, mesmo morando na Região Metropolitana, se desloque diariamente para trabalhar na Capital.
Ana Paula Coimbra Bronzati é uma das pessoas que, morando em Aparecida de Goiânia, trabalha na Capital. Ela, que atualmente trabalha como secretária, conta que, mesmo morando em Aparecida, sempre trabalhou na Capital. “Em termos de deslocamento e de salário, Goiânia é bem mais atrativa”, afirma.
Ela, que mora no Bairro Cardoso há oito anos e tem seu emprego no Setor Marista, destaca que gasta cerca de 30 minutos para chegar ao trabalho em dias de muito trânsito, mas que, mesmo assim, vale a pena o fazer o trajeto. “Como venho de carro para o trabalho, demoro em torno de 30 minutos, se houver trânsito. Quando está tranquilo, levo cerca de 15 ou 20 minutos, e, realmente vejo que Goiânia tem oferecido oportunidades melhores de emprego. Um leque muito grande”, afirma Ana Paula.
Além disso, ela destaca que, quando estava à procura de emprego, tinha mais facilidade em encontrar vagas para a Capital. “Em sites de emprego, como Catho e LinkedIn, a maioria das vagas com as quais eu me deparava era para Goiânia”, pontua.
Goiânia
De acordo com o Caged, Goiânia liderou a geração de empregos no mês de setembro. Ao todo, foram 3.014 vagas criadas. A Capital é seguida por Anápolis, com 697 vagas e Rio Verde, com 408. Na sequência, aparecem os municípios de Goiatuba, Santa Helena de Goiás, Luziânia, Senador Canedo, Catalão, Caldas Novas e Águas Lindas de Goiás.
Neste cenário, os dados mostraram que municípios menores, a exemplo de Águas Lindas de Goiás, Goiatuba e Santa Helena – com pouca ou nenhuma atividade industrial superaram Aparecida de Goiânia, que corre o risco de chegar ao final do ano ainda em débito de vagas, já ainda faltam três meses para serem informados pelo Caged.
Goiás
No mês de agosto, o saldo de empregos formais em 2021 na comparação com o mesmo mês em 2020, cresceu 68,5%, de acordo com o Caged. Ao todo foram 11.667 empregos com Carteira de Trabalho assinadas contra 6.914 no saldo de agosto do ano passado. No acumulado de janeiro a agosto de 2021, Goiás registrou saldo de 100.978 novos empregos, resultado de 469.706 admissões diante de 368.728 desligamentos.
Ainda de acordo com o Caged, o setor de serviços em Goiás foi o que gerou maior número de empregos no mês de agosto, com saldo de 4.602 vagas. Comércio teve saldo de 2.833; indústria 2.822; construção 1.557; e agropecuária -147.
Brasil
À nível Brasil, as Estatísticas Mensais do Emprego Formal divulgadas pelo Ministério do Trabalho e Previdência no final de outubro, apontam que o País gerou, em setembro deste ano, 313.902 postos de trabalho, resultado de 1.780.161 admissões e de 1.466.259 desligamentos de empregos com carteira assinada. No acumulado de 2021, o saldo positivo é de 2.512.937 novos trabalhadores no mercado formal.
Já o estoque de empregos formais no País – quantidade total de vínculos celetistas ativos, chegou a 41.875.905, em setembro, o que representa uma variação de 0,76% em relação ao mês de agosto. Para o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, o País está mantendo a tendência dos últimos três meses de mais de 300 mil empregos novos por mês, o que é uma “demonstração clara da recuperação formal da economia”. Segundo ele, a campanha de vacinação contra Covid-19 tem sido fundamental na retomada das atividades econômicas. Contudo, ainda é preciso avançar em programas de qualificação e recolocação profissional. (Especial para O Hoje)Legenda: Moradora de Aparecida, Ana Paula destaca que quando estava à procura de emprego tinha mais facilidade em encontrar vagas na Capital