Superávit na balança comercial do petróleo salta 45,4% no ano
Balança comercial do setor teve sua fatia no saldo comercial total do País com o restante do mundo elevada de 22,36% para 37,52%
As exportações de petróleo e seus derivados passaram a responder por 17,71% das vendas externas totais realizadas pelo Brasil entre janeiro e agosto deste ano, o que se compara com uma participação inferior a 15,0% em igual período do ano passado. Mas a balança comercial do setor, ou seja, a diferença entre exportações e importações, teve sua fatia no saldo comercial total do País com o restante do mundo elevada de 22,36% para 37,52%, atingindo níveis recordes na série histórica de estatísticas da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).
Na prática, os resultados naquele setor evitaram que o superávit total acumulado pela balança comercial mergulhasse em queda ainda mais acentuada durante o período, num movimento liderado especialmente pelas exportações de petróleo em bruto, mas seguido de um avanço vigoroso anotado para as vendas externas de óleos combustíveis. Os dados da Secex, trabalhados pela coluna, mostram alta de 19,38% para as exportações de petróleo e derivados, com elevação modesta de 0,97% para as importações do setor, o que resultou num incremento de 45,36% para o superávit acumulado entre janeiro e agosto deste ano neste mesmo grupo.
Conforme os números oficiais, as vendas externas de petróleo e derivados avançaram de US$ 33,671 bilhões nos oito meses iniciais de 2023 para US$ 40,195 bilhões, acrescentando mais US$ 6,524 bilhões nas exportações totais realizadas pelo País. As importações de óleo bruto e derivados processados variaram ligeiramente de US$ 19,710 bilhões para US$ 19,902 bilhões. Em consequência, o saldo comercial do segmento disparou de US$ 13,961 bilhões para US$ 20,293 bilhões, num incremento correspondente a US$ 6,332 bilhões.
Superávit mais baixo
Para comparação, as exportações totais do País experimentaram variação de somente 1,06% na comparação com os valores acumulados entre janeiro e agosto do ano passado, quando haviam alcançado US$ 224,628 bilhões, e passaram a acumular US$ 227,004 bilhões em igual intervalo deste ano, variando US$ 2,375 bilhões. As importações, no entanto, cresceram mais fortemente, saindo de US$ 162,20 bilhões a valores arredondados para US$ 172,925 bilhões, em alta de 6,61%. O aumento correspondeu, por sua vez, a mais US$ 10,725 bilhões na ponta das importações. A maior intensidade das compras externas, neste caso, explica a redução de 13,37% no saldo comercial, que encolheu de US$ 62,429 bilhões para US$ 54,079 bilhões – perto de US$ 8,350 bilhões a menos.