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domingo, 24 de novembro de 2024

Era digital pode ditar o fim das campanhas políticas tradicionais

Desde a campanha eleitoral de Jair Bolsonaro em 2018, toda ela é sustentada pelas redes sociais que, gradativamente, avançam com a comunicação digital sobre o eleitorado

Ilustração: Takeshi Gondo

Desde a campanha eleitoral de Jair Bolsonaro em 2018, toda ela é sustentada pelas redes sociais que, gradativamente, avançam com a comunicação digital sobre o eleitorado, principalmente nas camadas mais vulneráveis da população. Esta tendência aponta que as velhas fórmulas de levar mensagens ao cidadão-eleitor por meios analógicos podem estar em contagem regressiva. Estão aí os fenômenos da era digital na política, como Pablo Marçal, Nikolas Ferreira, Gustavo Gayer e Fred Rodrigues, entre tantos que falam diretamente com o cidadão por meio de artifícios digitais.

“O bolsonarismo furou a bolha da política tradicional utilizando-se da tecnologia disruptiva da comunicação em rede”, atesta o cientista político e consultor em estratégias eleitoral, Paulo Kramer. Ele avalia que as redes sociais, com sua interatividade, destravaram um enorme potencial reprimido de participação política. “Isso muda radicalmente quando cada indivíduo passa a produzir e distribuir conteúdo próprio. Vozes e opiniões antes desconhecidas e marginalizadas passam a ser ouvidas, e a conversação social se amplia e diversifica”, diz ele.

Conflito entre números de pesquisas à parte, confirmada a ascensão do candidato do PL a prefeito de Goiânia, Fred Rodrigues, corrobora a tendência do fenômeno digital sobre o modelo tradicional e analógico de se fazer campanha política. “É claro que isso ameaça os oligopólios da comunicação concentrada. A cadeirada de Datena em Marçal simboliza essa reação desesperada do velho modelo à chegada inevitável do novo”, sintetiza Kramer.

O palanque agora é outro

Tendo como base a polarização da campanha a prefeito nas principais cidades goianas, especificamente em Aparecida, Anápolis, Rio Verde e Goiânia, a percepção é de que o tradicional palanque foi substituído pelo celular. Ataques, acusações e desconstruções das narrativas de cada candidato agora são feitas pelo TikTok, Instagram, entre outras plataformas. Estas são as novas Ágoras da política onde ocorre o debate público, seja para o bem ou para o mal. Será o fim do palanque tradicional?

Posse é Trabalho

Depois que fez na semana passada uma carreata com mais de 1 mil veículos, o deputado estadual e candidato a prefeito de Posse, no Nordeste goiano, Paulo Trabalho (PL), repetiu outro feito nesta segunda-feira (30/9): uma grande caminhada com as mulheres. Paulo lidera todas as pesquisas de intenção de votos em relação aos concorrentes.

Vou de bike

“Os goianienses já entenderam que Mabel é o que Goiânia precisa. Vamos juntos no dia 6 de outubro votar 44”, disse Ronaldo Caiado ao lado do vice, Daniel Vilela, e do candidato a prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, durante passeio ciclístico.

Waldir, a esperança

Dentre os municípios que compõem a Região Metropolitana de Goiânia, Aragoiânia é o que apresenta os piores indicadores sociais. Esta triste realidade de cidade-dormitório que o empresário e filho da cidade, Waldir da Fokus (Podemos), quer mudar. “Ele representa uma nova esperança para Aragoiânia se desenvolver com oportunidade para todos”, diz a advogada criminalista Márcia Morais.

Donos dos votos

Três prefeitos que disputam a reeleição na Região do Entorno do Distrito Federal podem encomendar terno novo para a posse em janeiro de 2025. A não ser que haja uma grande zebra no caminho, Diego Sorgatto (Luziânia), Lucas Antonietti (Águas Lindas), ambos do União Brasil, e o de Novo Gama, Carlinhos do Mangão (PL), são os donos da maioria dos votos.

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